Coimbra  3 de Outubro de 2025 | Director: Lino Vinhal

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Dia Mundial da Música: mercado musical português cresceu para perto dos 40 milhões de euros

1 de Outubro 2025 Jornal Campeão: Dia Mundial da Música: mercado musical português cresceu para perto dos 40 milhões de euros

No primeiro trimestre do ano, o mercado musical português cresceu 7%, em comparação com o mesmo período de 2024. Totaliza, agora, 39,99 milhões de euros. Os dados são avançados pela Audiogest, no âmbito do Dia Mundial da Música, que se assinala esta quarta-feira (1).

De acordo com o relatório da Audiogest, nos primeiros seis meses de 2025, o segmento digital cresceu 9% face ao período homólogo, representando perto de 44% das vendas totais. Assim, dos 39,99 milhões de euros angariados em vendas, 17,97 milhões de euros são fruto do digital.

O documento fala ainda numa diminuição de 6% nas receitas nacionais físicas. Contudo, apesar da venda de CD’s ter descido 20%, o vinil resiste e “lidera o mercado físico, com 74% das vendas”. Por sua vez, no que diz respeito a valores correspondentes a Direitos Conexos cobrados e distribuídos a produtores e artistas, verificou-se um total de 16,88 milhões de euros. Número que se traduz num crescimento de 10%.

 

Portugueses ouvem artistas nacionais

No geral, a Audiogest frisa que estas informações confirmam a vitalidade da indústria musical portuguesa e a sua capacidade de adaptação aos hábitos de consumo em transformação”. Adianta, por isso, que, no primeiro semestre do ano, “foram registados mais de três mil lançamentos de músicas em língua portuguesa pelos associados da Audiogest, sendo que 75% dessas obras são da autoria de artistas com nacionalidade portuguesa”.

Segundo o relatório, estamos perante um mercado “em constante crescimento, impulsionado pela adopção do digital e pela resistência do mercado físico, com destaque para o vinil”. Nesse sentido,  o director-geral da Audiogest, Miguel Carretas, salienta que “a música portuguesa é reconhecida e admirada internacionalmente, mas o seu valor enquanto indústria e o potencial da sua contribuição económica continuam a ser frequentemente subestimados”. Por isso, deixa o alerta: “é urgente que os decisores políticos reconheçam o peso da indústria da música e preservem o seu futuro face aos crescentes desafios da Inteligência Artificial”.

No que concerne aos artistas que o público português mais ouve, o destaque está nos músicos nacionais. “Entre os tops de streaming destacam-se Plutónio, Nilo, Napa e Calema, enquanto o airplay nas rádios evidência Plutónio, Mizzy Miles, Slow J, Lon3r Johny, ProfJam e Dillaz”, revelam os dados. Por detrás dos álbuns portugueses mais ouvidos estão Calema, Mizzy Miles, Slow J, Lon3r Johny, ProfJam e Dillaz.

A Audiogest – Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos é uma associação de utilidade públicada, constituída em 2002, como Entidade de Gestão Colectiva de Direitos dos Produtores Fonográficos, representando também os direitos e interesses da Indústria da Edição Musical em Portugal.