Aumento de óbitos nas estradas portuguesas no Natal

Durante o período festivo do Natal, entre 15 e 26 de Dezembro de 2023, Portugal registou um total de 17 vítimas mortais em acidentes rodoviários, revelando um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, com mais quatro óbitos.

Os dados fornecidos pelas autoridades indicam que, embora tenha havido uma diminuição no número de acidentes, com um total de 4.852 (menos 307 em comparação ao ano passado), o número de feridos aumentou significativamente. No total, 1.492 pessoas ficaram feridas, sendo 80 casos considerados graves e 1.412 leves, representando um aumento de 137 feridos em relação ao ano anterior.

Numa análise comparativa com o mesmo período de 2022, os acidentes registaram uma diminuição de 6,0%, mas as vítimas totais aumentaram em 10,3%.

As 17 vítimas mortais distribuíram-se pelos distritos de Beja (3), Portalegre (3), Coimbra (2), Setúbal (2), Braga, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Vila Real e na região autónoma dos Açores. Por outro lado, em distritos como Aveiro, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Viana do Castelo, Viseu e na região autónoma da Madeira, o objectivo de zero mortos nas estradas foi atingido.

Durante o mesmo período, mais de 7 milhões de veículos foram fiscalizados pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e pela Polícia de Segurança Pública (PSP), resultando em 48,9 mil infracções. A velocidade e a condução sob o efeito do álcool foram os principais focos, com uma taxa de infracção de 0,68% e 1,58%, respectivamente.

Num esforço para reduzir a sinistralidade durante o período de Natal e Ano Novo, a campanha de segurança rodoviária “O melhor presente é estar presente”, promovida pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) em colaboração com a GNR, PSP e mais de 240 entidades, estará activa até 2 de Janeiro de 2024. A iniciativa apela a comportamentos seguros na estrada, como viajar sem pressa, sem álcool, sem telemóvel e fazer pausas para descansar, com o objectivo de tornar a segurança rodoviária uma prioridade nacional e, finalmente, alcançar o único número aceitável de vítimas mortais: Zero.