Coimbra prepara-se para voltar a receber um dos eventos mais conservadores da região, os casamentos da Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade.
Retomando uma tradição descontinuada há mais de 30 anos, vão ser seis os casais que vão dar o nó no dia 2 de Julho, no domingo anterior ao Dia da Cidade e da Rainha Santa Isabel, numa cerimónia que junta várias organizações, nomeadamente a Câmara Municipal de Coimbra, a Turismo Centro de Portugal, a Confraria da Rainha Santa Isabel, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e a Escola de Turismo de Portugal de Coimbra.
Os casais, que têm média de idades que ronda os 30 anos, residem todos na área urbana de Coimbra e são de vários extractos sociais.
Segundo a confraria, o objectivo desta iniciativa é “reactivar uma antiga, relevante e bonita tradição – que, apesar de ter vingado mais em Lisboa, terá tido origem em Coimbra -, associando-a às Festas da Cidade, em louvor da sua Padroeira”. Este órgão responsável pretende “convidar os nubentes para o casamento católico, realçando os valores morais de que foi exemplo a Rainha Santa Isabel”.
Para o dia das cerimónias está previsto que as noivas compareçam na Quinta das Lágrimas onde se irão vestir. Dali seguirão para a Igreja da Rainha Santa Isabel, Mosteiro da Santa Clara-a-Nova, onde decorrem os casamentos. No final da cerimónia religiosa haverá um simbólico corte de bolo de noiva nos Claustros do Mosteiro da Santa Clara-a-Nova. Para terminar, os casais e seus familiares concentram-se na Quinta das Lágrimas, onde haverá o jantar de casamento.
Aos casais vão ser disponibilizados o vestido de noiva, o fato do noivo, sapatos e alianças.
O evento vai decorrer em todos os anos ímpares (para não coincidir com as procissões) e é intenção da organização dar continuidade.