A já chamada “polémica dos plátanos” está instalada em Coimbra, está para durar, pelos vistos, e, se outros méritos não tiver – e terá com certeza – poderá contribuir para chamar mais Coimbra à participação cívica, abanando mentes adormecidas que preferem resguardar-se da discussão dos assuntos públicos que preenchem a vida da cidade. Depois, quando a realidade desce à terra, discordam, protestam, envolvem-se positivamente na divergência, mas quase sempre chegam tarde de mais. A polémica instalada reside mesmo aí e é o resultado – porquê tanta admiração? – da normalidade de Coimbra: indiferente a quase tudo, muito dada a deixar correr, por vezes amorfa, a viver no mundo de cada qual como se o colectivo e o interesse público não reclamassem muitas vezes a participação activa de todos ou pelo menos de muitos de nós.
Artigo para ler, amanhã, na versão impressa do “Campeão das Províncias”.