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Coimbra: A Escola da Noite tem espectáculo em digressão nacional

2 de Novembro 2022 Jornal Campeão: Coimbra: A Escola da Noite tem espectáculo em digressão nacional

O espectáculo “Aqui, onde acaba a estrada”, a mais recente criação de A Escola da Noite, de Coimbra, começa esta semana a sua digressão nacional.

Os espectáculos irão ser apresentados no Teatro Garcia de Resende, em Évora, na próxima sexta-feira (4) e sábado (5), às 19h00. No dia 18 será acolhido pelo Teatro das Beiras, na Covilhã, encerrando a edição deste ano do Festival de Teatro.

Este espectáculo, que estreou em Coimbra no passado dia 29 de Setembro e cumpriu uma temporada de três semanas, é a 73.ª produção de A Escola da Noite e assinala a estreia na escrita teatral e na encenação do actor Igor Lebreaud e conta com as interpretações de Ana Teresa Santos, Hugo Inácio, Margarida Dias, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash. A ficha artística conta ainda com a cenografia de João Mendes Ribeiro, os figurinos e adereços de Ana Rosa Assunção, o desenho de luz de Danilo Pinto e a sonoplastia de Zé Diogo.

“Aqui, onde acaba a estrada” fala-nos de uma família que há gerações foge da guerra e que chega, por fim, ao local onde a estrada termina: “aí ergue-se o Portão, para lá do qual se encontra a promessa de um mundo melhor. Para poderem entrar, contudo, terão de renunciar à língua que falam, às roupas que trazem e à caixa que, durante anos, arrastaram pelo mundo”.

Sem referências espaciais ou temporais concretas, a peça propõe-nos uma reflexão sobre as condições em que tantos milhões de pessoas são forçadas a migrar, em consequência de guerras, perseguições, condições climatéricas ou carências económicas.
De salientar que Igor Lebreaud, nascido em Pombal em 1985, iniciou o seu percurso teatral no Teatro Amador de Pombal. Após a conclusão da Licenciatura em Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, realizou um estágio de actuação n’A Escola da Noite, integrando os elencos dos espectáculos “Este Oeste Éden” (encenação de Sílvia Brito) e “Atravessando as palavras há restos de luz” (encenação de António Augusto Barros), ambos em 2009.
Ainda na companhia, integrou os elencos de mais dezasseis espectáculos, trabalhando com os encenadores António Augusto Barros, Sofia Lobo, Cándido Pazó, José Russo e Rogério de Carvalho. Foi co-encenador dos espectáculos “Santíssima Apunhalada”, de Antonio Onetti (2012, com Miguel Magalhães) e “Desmesura”, de Hélia Correia (2019, com Sofia Lobo e Jarbas Bittencourt). Em 2011, foi assistente de encenação em “Animais Nocturnos”, de Juan Mayorga, dirigido por António Augusto Barros. Dirige com regularidade oficinas de teatro para grupos escolares (ensino secundário e superior). É co-coordenador, pela parte de A Escola da Noite, do Clube de Leitura Teatral, iniciativa co-produzida com o Teatro Académico de Gil Vicente.