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Conselho Regional do Centro mostra-se “coeso e unido” na estratégia de futuro

4 de Novembro 2020 Jornal Campeão: Conselho Regional do Centro mostra-se “coeso e unido” na estratégia de futuro

Paulo Fernandes, presidente do Conselho Regional do Centro, e Isabel Damasceno, presidente da CCDRC

 

O Convento São Francisco, em Coimbra, acolheu hoje a reunião do Conselho Regional do Centro, que se mostrou “coeso e unido” numa estratégia de futuro para a região, tendo aprovado “com um grande consenso” todos os documentos propostos.

Neste encontro, onde marcaram presença mais de uma centena de representantes de várias entidades da região, entre as quais as oito Comunidades Intermunicipais (CIMs) da região – Aveiro; Viseu – Dão – Lafões; Beiras e Serra da Estrela; Beira Baixa; Médio Tejo; Região de Leiria; Oeste e Coimbra – foram aprovados documentos fundamentais para a afirmação da região no futuro, tendo todos eles sido aprovados apenas com uma abstenção.

“A unidade demonstrada entre todos é um passo importantíssimo para a afirmação da região”, notou a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, sublinhando a “enorme satisfação pela coesão e o que foi construído com participação muito activa dos vários elementos da região”.

No encontro foram, então, aprovados os “documentos fundamentais para aquilo que é o nosso programa de desenvolvimento da região a curto, médio e a longo prazo”, como sejam o referente à “estratégia 2030”; o “posicionamento da região em relação ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)” e, também, o “Plano de Recuperação do Pinhal Interior”.

Em relação à estratégia 2030, Paulo Fernandes, presidente do Conselho Regional do Centro, explicou que o mesmo, liderado pela CCDRC, “foi limado e melhorado no último ano e é, agora, um documento que se mantém aberto e disponível para ser sempre actualizado dadas as circunstâncias que se vive no mundo, na Europa, no país e na região”.

No que diz respeito ao “posicionamento da região em relação ao PRR”, o responsável sublinhou que a votação foi “um momento inédito, uma vez que houve um posicionamento conjunto, sintetizando a posição da região relativamente ao Programa, que é exigente mas essencial para a recuperação do país. Essa concertação das 8 CIMs foi algo que nunca tinha acontecido antes e por isso é marcante”.

Foi, igualmente, aprovado o “Plano de Recuperação do Pinhal Interior”, adiantando ainda Paulo Fernandes que um outro documento conjunto, das universidades e empresas da região, será elaborado brevemente dando conta da sua “da transformação e os desafios tremendos que a pandemia trouxe, nomeadamente a transição digital”. “Todo o sector cientifico da região, que é uma das suas forças motrizes, e o sector empresarial podem ter um papel muitíssimo relevante”, sublinhou.

Isabel Damasceno corroborou as declarações, notando que a importância da aprovação do documento referente à estratégia da região “para o próximo quadro comunitário e para a região poder fazer valer os seus interesses”.

“A estratégia da região assenta muito naquelas que considero as áreas prioritárias – empresarial, empreendedorismo, a Ciência, investigação, a transferência de conhecimento do ensino das universidades e centros tecnológicos para as empresas, a aprendizagem, formação, etc., que são fundamentais para colmatar lacunas e fragilidades que a região ainda tem, como sejam também a natalidade, área social ou a saúde, agora ainda mais importantes”, realçou a responsável da CCDRC.

Isabel Damasceno reconheceu, ainda, atrasos na execução de projectos financiados pelos fundos do Portugal 2020, mas garantiu que a prioridade passa por concluir o actual quadro comunitário “sem qualquer devolução de verbas a Bruxelas”.

“A pandemia prejudicou muito a execução do sector empresarial, que estava a ser muito boa. Depois, as empresas passaram a ter outras prioridades”, disse, acrescentando que, no caso do sector público, os incêndios de 2017 prejudicaram “bastante” a taxa de execução.

O Conselho Regional é o órgão consultivo da CCDRC, sendo constituído por municípios, entidades da comissão permanente de concertação social do Conselho Económico e Social, representantes de juntas de freguesias, universidades, institutos politécnicos, entidades regionais de turismo, organizações não-governamentais do ambiente, associações de desenvolvimento regional, de desenvolvimento local, associações cívicas com expressão regional e individualidades de reconhecido mérito na região.