Em 2013, Carlos Cidade preparou minuciosamente a passagem do testemunho inerente à liderança concelhia do PS/Coimbra; volvidos três anos, é o último a rir.
Antigo chefe de gabinete de Manuel Machado na presidência da Câmara conimbricense, o jurista, com a oposição de Diogo Cabrita, passou o testemunho a Rui Duarte, mas ocorreu a saída de cena do politólogo, tal como a de João Paulo Almeida e Sousa, sem embargo de elas serem incomparáveis.
Independentemente do aspecto pitoresco de João Paulo ser sogro de um irmão de Rui Duarte, tudo isto era imprevisível.
Imprevisível era, igualmente, a opção de Machado, em 2013, por Rosa Reis Marques para segundo membro da lista do PS para a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) em detrimento do jurista.
Em três anos, o líder camarário e a vereadora foram protagonistas de amuos, que quase levaram a autarca a suspender o mandato.
As circunstâncias descritas, por um lado, e, por outro, o trabalho «de formiguinha» em que Carlos Cidade é inexcedível, aliado ao seu instinto político, parecem fazer do jurista sucessor da antiga gestora hospitalar na futura lista do PS para a CMC.