As grandes mudanças no Mundo foram sempre aceleradas por guerras, revoluções ou pandemias.
A revolução do conhecimento no século XXI estava em marcha imparável, criando populismos irracionais, agora acelerados pela pandemia assassina.
É só olhar para o País e ver as mudanças enormes que provocou em dois meses.
As universidades e centros de investigação saíram do seu casulo, aliaram-se a nível internacional e a nível nacional acumulando conhecimento e semeando-o no tecido produtivo. Máscaras, ventiladores, testes laboratoriais, gel desinfectante etc., trabalho, ensino, comércio, informação ou afectos pessoais à distância são frutos amadurecidos pela pandemia.
A revolução do conhecimento, a pandemia e a crise económica são um cocktail explosivo de consequências imprevisíveis.
A robotização, digitalização global, nanotecnologia, inteligência artificial etc. vão mudar o mundo.
A pandemia é só um acelerador.
O grande problema é a desorientação mental que provoca no ser humano, habituado à rotina e ao projecto de vida que no futuro vai ser profundamente alterado.
Ensina a história que após a turbulência, por vezes dramática, nasce um Mundo melhor.
Aos monopólios económicos de concentração da riqueza vão suceder os monopólios do conhecimento.
A liberdade individual e a solidariedade vão depender cada vez mais da governança mundial.
A aprendizagem, durante toda a vida, é um imperativo para acompanhar a revolução em curso onde milhões e milhões de empregos vão desaparecer e milhões ligados a evolução do conhecimento vão nascer.
A pandemia da fome e da pobreza, já existente, infelizmente não tem direito a estados de emergência ou de calamidade pública, mas é fundamental que seja combatida e suportada pelos monopólios económicos e do conhecimento já hoje existentes.
É trágico que, hoje, em países ricos o salário de sobrevivência diária impeça a quarentena para salvar a vida.
No século XXI, muitos optam por morrer vítimas da pandemia para não morrerem da fome.
A informação livre, rigorosa e pedagógica é uma arma poderosíssima na consciencialização das sociedades para que a revolução em curso evoluo no interesse colectivo e não de uns poucos.
Esta pandemia, no século XXI, deve ser uma lição de aprendizagem para que os cidadãos e os povos pensem que estão todos dependentes uns dos outros.
É uma lição para a revolução em curso.