Esboço do anunciado silo-auto
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, deverá anunciar, esta semana, que a prometida nova maternidade de Coimbra irá ser implantada no polígono do pólo de Celas do CHUC.
Isto sem embargo de o presidente do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Fernando Regateiro, já ter indicado ser aquele o local escolhido, embora a medida não acate a pretensão do líder do Município, Manuel Machado.
O presidente da Câmara conimbricense entende que a futura maternidade deve ser erguida em terreno adjacente ao Hospital dos Covões.
Em abono da tese de Manuel Machado, acaba de se pronunciar o médico e professor universitário Carlos Costa Almeida (vide artigo da sua autoria, divulgado pela edição electrónica do nosso Jornal).
O cirurgião só vê um motivo para ser descartada a localização em S. Martinho do Bispo. Ouçamos Costa Almeida: uma comissão técnica nomeada terá desaconselhado a construção da futura maternidade nos terrenos junto ao Hospital Geral (Covões); fico espantado, mas, depois, sabe-se que o raciocínio usado foi partindo do princípio que o Hospital Geral deixa de existir como tal.
No polígono do pólo de Celas do CHUC o espaço não abunda, por maioria de razão, levando em conta a existência de um projecto para construção de um silo-auto.
Com a conhecida vocação para complicar de algumas pessoas ditas responsáveis, não me espantaria se ainda viermos a constatar que o projecto para estacionamento automóvel e o da nova maternidade colidem.
Se o meu receio tiver fundamento, tendo presente a «queda» de Coimbra para o diletantismo, iremos assistir a mais uma sessão de “jogo do empurra”.
Haja bom senso!