O Jornal de Francisco Pinto Balsemão adoptou, há anos, o lema “Acredite, se ler no Expresso”. Só por isso me atrevo a levar a sério a notícia de uma recente edição do semanário a dar conta de hipotética alteração na estrutura accionista da agência noticiosa Lusa.
Resultante da fusão da ANOP e da NP – Notícias de Portugal, a Lusa, que começou por ser uma cooperativa de interesse público, é sociedade anónima de maioria de capital estatal.
Segundo o Expresso, a composição do capital da Lusa, SA estará em vias de mudar, encontrando-se em cima da mesa a possibilidade de compra de acções por parte de entidades de origem chinesa.
Um dos cenários possíveis, diz o Jornal, consiste na entrada na estrutura accionista da agência noticiosa do KNJ Investment Limited, grupo chinês, que está sediado em Macau.
De resto, assinala o Expresso, há “uma ligação histórica de quadros de topo da Lusa a Macau”, tendo sido pouquíssimos os directores de informação da agência noticiosa que nunca se deslocaram ao território outrora sob administração de Portugal.
A notícia do semanário é coisa para pôr de “olhos em bico” qualquer defensor da Língua Portuguesa, tendo presente a valia estratégica da agência noticiosa para a defesa do nosso idioma nos países da lusofonia.