Coimbra possui centralidade, saúde de excelência, ensino superior prestigiado, património cultural Unesco, infra-estruturas de qualidade e segurança, garantindo boa qualidade de vida.
Coimbra está negligenciada e é vítima de estagnação socioeconómica, incluindo perda populacional.
Os jovens estão condenados a sair.
Amiga das empresas, inimiga da pobreza
Coimbra não tem uma estratégia de captação de investimento.
A procura de investidores exige pro-actividade, criatividade, imaginação e mesmo agressividade competitiva.
Temos de apostar na inovação e de assumir Coimbra como território de oportunidades para novos sectores.
Coimbra deve ambicionar ser a cidade, moderna e atraente, onde é mais fácil criar e instalar novos negócios e investimentos em Portugal. Uma cidade sem entraves burocráticos, com uma autarquia flexível, que facilita e incentiva empreendedores.
Temos de mobilizar as forças vivas para gerar sinergias que nos afirmem como cidade ambiciosa, amiga dos empresários, que combate a corrupção e promove a transparência.
Uma cidade que aposta no crescimento inclusivo, no combate à pobreza e capaz de implementar um Projecto Sem Abrigo Zero, que seja exemplo a nível nacional.
Coimbra deve criar um projecto educativo de excelência, assente na escola pública, que combata o abandono escolar, promova o insucesso educativo, aposte na inclusão e detecte talentos individuais que combatam a estratificação social.
Coimbra deve ambicionar a Académica na primeira divisão, assumir-se como candidata a Capital Europeia da Cultura e sede de organismos nacionais e internacionais como a Agência Europeia do Medicamento.
Criar a Área Metropolitana
Coimbra tem perdido influência a nível nacional.
Tem de voltar a assumir a liderança regional, não por herança, mas por ser capaz de gerar compromissos e consensos regionais que defendam a região.
Coimbra tem de negociar estratégias e objectivos com a Comunidade Intermunicipal de Coimbra, que é a maior CIM do país, tendo de promover a Área Metropolitana, com direitos e poderes iguais ao Porto e Lisboa.
Coimbra tem de liderar pelo diálogo e pela criatividade cooperando com a sua área de influência mais alargada, com fluxos diários, que engloba uma região que chega ao norte dos distritos de Leiria e Santarém, ao sul do distrito de Aveiro e ao ocidente de Viseu, Guarda e Castelo Branco.
Afirmar a região Coimbra-Centro
A região Centro tem sido prejudicada pela bi-macrocefalia de Lisboa e Porto.
Coimbra tem de ganhar a confiança dos distritos próximos apostando na solidariedade regional.
Há reivindicações de cidades da região que devem ser bandeiras de Coimbra:
– Aeroporto na base aérea de Monte Real;
-.Valorização do porto da Figueira, para mercadorias e terminal de cruzeiros;
-.Auto-estrada Castelo Branco/Espanha e Coimbra/Viseu;
-.IC6/IC7 , histórica estrada da Beira, melhorando as ligações à Guarda e Covilhã;
-.Metro Mondego, base de um eficaz sistema de transportes públicos em todas as freguesias de Coimbra, ligando os concelhos vizinhos;
– Melhoria da ferrovia para Vilar Formoso e solução para a Estação Velha;
-.Requalificação da bacia do Mondego, com fins ambientais e económicos.
Coimbra afirmará a região para fortalecer os municípios parceiros, numa estratégia de desenvolvimento sustentável, do litoral ao interior, não para se aproveitar dos vizinhos.
As causas da pobreza nacional são a corrupção, a falta de transparência criadas pelo centralismo, ineficiente e perdulário, nascido no Terreiro do Paço.
Coimbra tem de liderar a região, com ideais políticos de coesão social, que obriguem Lisboa a desconcentrar serviços. Lisboa não pode continuar a monopolizar todos os órgãos de soberania e serviços centrais do Estado.
A defesa do interesse nacional exige uma região Centro forte e Coimbra ambiciosa e orgulhosa do passado com capacidade de melhorar o futuro.
(*) Candidato à CMC