Não se sabe por ali se os animais provêm de algum patrocínio que a autarquia ou o Governo tenham concedido por via da limpeza dos terrenos, ou se a acrescentar a isso há a intenção de fomentar um cartaz turístico, já que as suas diabruras só por si são uma atracção a ter em conta, sobretudo se forem conduzidas para os tantos espaços verdes da cidade de Coimbra que carecem de intervenção.
Que o digam os muitos transeuntes que por ali circulam e os que tinham os carros estacionados no início da estrada de Eiras, logo a seguir à rotunda da Estação Velha, e se depararam com uns tantos caprinos, alguns maiores, outros mais pequenos, a comer as ervas, mas também as árvores e os arbustos ali caídos que esperam ser removidos, enquanto e ao mesmo tempo saltavam, brincavam, trepavam para tudo quanto era sítio.
E muitos telemóveis dispararam e por certo muitas fotos já andam por esse mundo fora a anunciar tais cabras, que em boa hora Coimbra adoptou, sem menosprezo e salvaguarda da torre da Universidade!
Ao olhar para o rebanho, porém, veio-me à mente aquele aforismo que diz que “quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem”.
Declaradamente, ali, o dono das cabras poderá vender cabritos, mas falta-nos as respostas para os que não tendo nenhuma, são “os donos disto tudo”!