As taxas de vacinação na região Centro “satisfazem completamente”, afirmou hoje o director do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde, considerando que se tem de continuar a investir nas unidades com menor cobertura.
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) atingiu a maioria das metas a que se propôs em 2017, conseguindo resultados iguais ou superiores a 96 por cento nas vacinas administradas na infância e juventude, com excepção da vacina contra o vírus do papiloma humano, cuja meta para 2017 – que foi atingida – era de alcançar uma taxa igual ou superior a 89 por cento.
Apenas a vacina contra a poliomielite dos quatro aos sete anos de idade (atingiu 96 por cento e a meta era de 97 por cento) e a vacina pneumocócica (atingidos 97 por cento e a meta era 98 por cento) ficaram aquém das metas estipuladas para o ano passado pela ARSC.
“As taxas satisfazem completamente, porque são a consequência de um trabalho de uma organização, de um conjunto de profissionais, com resultados consolidados, mas também responsabilizantes”, comentou o director Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), João Pedro Pimentel.
Os resultados atingidos obrigam a entidade “a manter estas taxas de cobertura que apontam para uma imunidade de grupo muito interessante”.
Um dos principais objectivos tem a ver com algumas assimetrias verificadas, sendo necessário “apostar na pesquisa activa de bolsas susceptíveis e não vacinadas” em unidades de saúde com menores taxas de cobertura, considerou.
Para além disso, há o “desafio permanente” de aumentar a vacinação contra a gripe por parte dos profissionais de saúde.
“Não temos valores que nos agradem, mas têm melhorado”, constatou João Pedro Pimentel, que falava à agência Lusa à margem de uma sessão comemorativa da Semana Europeia da Vacinação, promovida pela ARSC e pela Direcção-Geral de Saúde, em Coimbra.