O Grupo Parlamentar do PCP expressa preocupações com o esvaziamento de capacidade do Centro de Saúde Militar de Coimbra (ex-Hospital Militar), nomeadamente com a diminuição da oferta de cuidados assistenciais desta unidade.
Num requerimento ao Ministério da Defesa Nacional, os deputados Paula Santos, António Filipe e Ana Mesquita querem saber quais os planos para este Centro de Saúde Militar e que medidas vão ser tomadas para resolver o problema de suscitado pela aposentação de pessoal médico.
Conforme refere o PCP, o Centro de Saúde Militar de Coimbra possui capacidade de internamento, dois blocos operatórios, capacidade de realização de análises clínicas, serviços de medicina física e reabilitação, imagiologia e cardiologia, existindo, ainda, estruturas que prestam cuidados de ortopedia, psiquiatria, medicina dentária, reabilitação, entre outras.
“Utentes deste Centro de Saúde valorizam esta unidade dada a sua centralidade, acessibilidade e apontam para 20 000 utentes potenciais, sendo que anualmente a ele recorrem mais de 7 000 utentes”, refere-se no requerimento do PCP.
Segundo os deputados comunistas, “os utentes desta unidade identificam problemas, introduzidos por novas regras de facturação, que impedem que os cuidados prestados possam ser facturados à Assistência na Doença a Militares, o que reduz o seu orçamento”.
“Identificam, também, dificuldades no acompanhamento de deficientes, em particular os que necessitam de próteses, e ainda os problemas que resultam da reforma de pessoal médico e pelo facto de grande parte dos médicos do Mapa de Pessoal Civil do Exército estarem em condições de transitar para a reforma, o que coloca em causa várias especialidades (neurologia, ortopedia, pneumologia, cardiologia, psiquiatria)”, acrescentam.