Maiorca celebra a mais antiga festa da região Centro

Maiorca, uma pequena freguesia do Concelho da Figueira da Foz, prepara-se para celebrar a secular Festa do Divino Senhor da Paciência, que a população local orgulhosamente afirma ser “seguramente a mais antiga da região Centro”.

Entre os dias 18 e 26 de Novembro de 2023, as festividades em honra do Divino Senhor da Paciência acontecerão em Maiorca, com um programa repleto de eventos religiosos. Destacam-se as seguintes iniciativas:

Dia 18 de Novembro

• 18h30 – Missa na Igreja Matriz, seguida de procissão para a Capela do Senhor da Paciência, acompanhada pela Banda da Associação Musical União Filarmónica Maiorquense.

Dia 19 de Novembro

• 9h00 – Arruada pela Banda Filarmónica Maiorquense pelas ruas da Freguesia.
• 16h00 – Missa na Igreja Matriz, seguida de procissão com 4 paragens para cantar os Passos do Senhor “Miserere”. As cerimónias serão presididas pelo Bispo de Coimbra, Virgílio do Nascimento Antunes.

Dia 24 de Novembro, 21h00

• Oração Musical com a participação do Coro Litúrgico da Imaculada Conceição de Tentúgal, na Igreja Matriz de Maiorca.

Dia 25 de Novembro, 21h00

• Momento Penitencial e Terço na Igreja Matriz.

Dia 26 de Novembro

• 16h00 – Missa na Igreja Matriz, seguida de Procissão de Regresso da Imagem Divina do Senhor da Paciência da Igreja Matriz para a sua capela, acompanhada pela Banda da Associação Musical União Filarmónica Maiorquense.

A devoção a esta figura religiosa remonta ao século XVII, quando a imagem foi inicialmente colocada num nicho por Mariana Monteiro, em 1666. A capela nas Cruzes, em sua honra, começou a ser construída em 1707 e foi concluída em 1712, com contribuições do povo resultantes de orações e promessas. As três procissões em Novembro, iniciadas após o Terramoto de 1755, tornaram-se uma tradição anual para evocar o Divino Senhor da Paciência em busca de auxílio e socorro.

Em 1825, a capela passou por obras de remodelação, e em 2009 e 2010, o átrio foi alvo de reformas. Esta festividade é marcada pela sua natureza exclusivamente religiosa, sem foguetes ou componentes profanas. As três procissões nocturnas atraem centenas de devotos a cada ano, muitos dos quais cumprem suas promessas de joelhos ou de rastos. Dezenas de crianças participam, vestindo-se como várias figuras religiosas.

Esta romaria, realizada na escuridão e iluminada apenas pelas velas dos fiéis, é marcada pelo silêncio das procissões, interrompido apenas pelos gemidos daqueles que, de joelhos ou de rastos, cumprem as suas promessas.