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Lousã aprova voto de pesar pelo falecimento de Lucinda Ventura

6 de Julho 2020 Jornal Campeão: Lousã aprova voto de pesar pelo falecimento de Lucinda Ventura

A Câmara Municipal da Lousã aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento de Lucinda Castanheira Serra Ventura Martins.

Natural da freguesia da Graça, em Lisboa, onde nasceu em 1946, desde cedo demonstrou elevadas preocupações sociais, estando envolvida em vários movimentos de contestação ao regime salazarista, tendo falecido no dia 28 do mês passado.

Chegou a ser dirigente nacional da Juventude Operária Católica e fez parte da Acção Católica entre 1960 e 1969. Em simultâneo, integrou a redavção do jornal “Vida e Alegria” e a equipa do programa da Rádio Renascença “Verdade e Vida”, o qual veio a ser silenciado pela PIDE em 1972.

Em 1981, a família decidiu ir viver para o concelho da Lousã, terra do pai, estabelecendo residência em Casal de Ermio.

Autarca durante 25 anos consecutivos, manteve o seu empenho social e comunitário, tendo sido eleita pelas listas do Partido Socialista para a Junta de Freguesia de Casal de Ermio e ocupado o lugar de Secretária da Junta.

Integrou, ainda, a equipa fundadora do Centro Social de Casal de Ermio, com valências de Centro de Dia e Jardim de Infância, tendo integrado a sua Direcção entre 1994 a 2002 e, posteriormente, como secretária da Mesa da Assembleia Geral.

Além disso, foi colaboradora da Voz de Serpins, do Jornal da Lousã e do Trevim.

Em 2009, fez parte do grupo de fundadores da ADRAS (Associação Didáctica e Recreativa de Artes e Saberes, da Lousã), tendo feito parte dos corpos sociais desde o início, desempenhando ainda o cargo de Secretária da Assembleia Geral.

Esteve sempre disponível para colaborar com a autarquia, nomeadamente participando em diversas edições da Semana da Leitura, na FLiS (Festa do Livro e do Saber) e no Concurso de Leitura Concelhio, bem como em diversas edições das Comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Apesar de profissionalmente ter estado ligada à área dos seguros, em co-gestão com o seu marido, Fernando Ventura, foi proprietária do estabelecimento “Polimercado”, da empresa ligada à apicultura APIMEL e da unidade de alojamento local Casa da Eira.

Foi escritora, essencialmente poetisa, sendo autora de duas obras – “Amanhecer” e “Ao sabor do tempo”.