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Hospital de Cantanhede vai passar a efectuar transfusões de sangue

22 de Março 2021

O Hospital de Cantanhede vai passar a efectuar, no prazo de uma semana, transfusões de sangue, no âmbito de um protocolo com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi hoje anunciado.

Segundo Diana Breda, presidente do conselho de administração daquela unidade, trata-se de reactivar um procedimento que deixou de ser efectuado há cerca de uma década e que vai trazer muitas vantagens para os doentes da unidade de cuidados paliativos e para as pessoas da sua área de abrangência.

O procedimento será efectuado no Hospital de Dia e permite “uma lógica de resposta de proximidade, evitando que os doentes tenham de se deslocar ao CHUC”, disse a responsável, numa breve cerimónia no Hospital de Cantanhede, que antecedeu o início da formação dos profissionais de saúde.

“O nosso primeiro foco foram os nossos doentes em cuidados paliativos, muito fragilizados, que tinham de ser transportados ao CHUC. Depois, vamos também trabalhar os doentes de ambulatório com os serviços de saúde primários e com o próprio CHUC para perceber de que maneira os vamos passar a atender”, explicou.

Para Áurea Andrade, enfermeira directora do CHUC, a parceria com o Hospital de Cantanhede é “bem-vinda e encarada com agrado”, na medida em que “são bem-vindos todos os projectos a favor da qualidade de vida e bem-estar dos doentes”.

“É uma mais-valia e uma grande vantagem para os doentes internados, que podem receber transfusões na sua cama sem terem de se deslocar”, salientou.

O director do Serviço de Sangue e Medicina Transfusacional do CHUC, Jorge Tomás, sublinhou que o protocolo estabelecido “é a demonstração inequívoca de que o SNS consegue funcionar sem ser em silos, com vasos comunicantes e focado no bem-estar do doente e das populações”.

“Para nós, o importante é chegar com segurança à população, permitindo que estes doentes sejam transfundidos com critérios de qualidade e segurança, como se fosse no CHUC, com a vantagem de não terem o ónus da deslocação”, frisou.

O novo serviço entra em funcionamento “no espaço máximo de uma semana”, após um período inicial de formação teórica e prática a sete enfermeiros e cinco médicos do Hospital de Cantanhede.