Neste domingo, 1 de Maio, abriu oficialmente o Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, segundo anunciou a Fundação ADFP.
A abertura do Hospital, com 50 camas de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação e de Longa Duração e Manutenção, deve-se a “uma solicitação do Ministério do Trabalho e da Segurança Social – Segurança Social de Coimbra”, segundo a Fundação ADFP, que tem o médico Jaime Ramos como presidente do Conselho de Administração.
O objectivo, acrescenta, “foi evitar que a região perdesse 20 camas de Cuidados Continuados de Longa Duração previstas em Orçamento de Estado, mas sem estarem a funcionar devido a complicações burocráticas”.
A Fundação ADFP refere que “continua à espera que o Ministério da Saúde assine acordos de cooperação para que o equipamento instalado no Hospital para exames auxiliares de diagnóstico (radiologia, ecografia, TAC, colonoscopia, endoscopia, cardiologia…) seja colocado ao serviço dos doentes”.
O Hospital possui bloco operatório com duas salas de cirurgia desejando a Fundação que o Ministério da Saúde “permita que possam ser usadas no combate às listas de espera dos utentes do Serviço Nacional de Saúde a necessitar de tratamentos cirúrgicos nas diversas especialidades”.
A Fundação deseja que o Ministério da Saúde/ARSC “garanta ao Hospital de Miranda do Corvo condições de cooperação idênticas às que concede aos hospitais de Anadia, Ansião, Mealhada e Oliveira do Hospital”. “Nada justifica que o Governo com maioria absoluta do PS trate as pessoas de Miranda de forma injusta e desigual”, considera Jaime Ramos.
A Fundação sustenta que “está em condições de garantir, no âmbito do SNS, que possa haver um serviço de atendimento permanente (“urgência”) com horário alargado que responda as insuficiências dos Centros de Saúde nomeadamente de Miranda, Lousã, Góis, Penela, sem necessidade de sobrecarregar as urgências do Hospital da Universidade de Coimbra”.
O Hospital Compaixão está a funcionar 24 horas por dia, com equipa multidisciplinar, médica, enfermagem, psicologia, farmacêutica, assistente social, fisioterapeutas, terapia ocupacional, animação, empregados de quartos e auxiliares.
“A abertura com estas respostas de Cuidados Continuados não impede a Fundação de pensar que é necessários criar uma Unidade de Convalescença para servir as pessoas do Pinhal Interior, uma das regiões mais abandonada de Portugal”, considera a Fundação.
“Entre Coimbra e Castelo Branco não há nenhuma cama de Convalescença reunindo o Hospital Compaixão todas as condições técnicas para assegurar este internamento com qualidade” – refere Jaime Ramos, acrescentando que “a Fundação cumpre os seus objectivos, sem fins lucrativos, cooperando com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, desejando igualmente uma parceria com o Ministério da Saúde para uma melhor saúde pública na região”.