A Fundação ADFP queixou-se, hoje, de ser discriminada por parte do Ministério da Educação ao sofrer a suspensão do destacamento de professores para apoio a crianças e jovens.
Segundo o presidente da ADFP, de Miranda do Corvo, Jaime Ramos, o Ministério não aplicou cortes à Casa do Gaiato e à Cáritas, que também operam naquele concelho, sendo que o médico os não preconiza.
“As medidas tomadas prejudicam gravemente as crianças e jovens residentes na Fundação ADFP;
queremos esclarecer se as atitudes discriminatórias do Ministério da Educação são intencionais ou simples incompetência”, afirma Jaime Ramos, que vai queixar-se à Provedoria de Justiça.
Ramos exige saber se a iniciativa do ministro Tiago Brandão Rodrigues é “misógina, por a Fundação apoiar meninas e não apenas rapazes”, e/ou se assenta em razões de fundamentalismo religioso, porquanto a instituição é laica. Ligadas à Igreja Católica, a Cáritas e a Casa do Gaiato só prestam apoio a rapazes.
O médico põe ainda a hipótese de a medida ministerial emanar de uma “visão sectária e persecutória contra pessoas com necessidade especiais, um vez que a Fundação apoia jovens com deficiência e/ou doença mental”.
“Não queremos crer que esta atitude se deva ao facto de apoiamos crianças especiais (refugiadas e com deficiência), mas a falta de esclarecimento do Ministro impõe que se fique com a dúvida”, acentua o presidente da ADFP.