A Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Associação de Protecção Animal da Figueira da Foz (APAFF) celebraram, hoje (13), um protocolo com condições práticas para o bem-estar dos animais abandonados, sobretudo gatos.
O protocolo, celebrado nos Paços do Município, visa criar melhores condições de alimentação e abrigos, assim como campanhas de captura, esterilização e devolução ao local de origem, de forma a evitar a reprodução descontrolada e os inconvenientes do cio junto das comunidades humanas.
O projecto “Cidade – Abrigo para Gatos de Rua”, apresentado pela APAFF, foi a proposta vencedora da segunda edição do Orçamento Participativo, que fica hoje (13) concluída com a celebração do protocolo e a entrega de uma nova viatura à Associação para apoiar os voluntários na campanha.
Uma vez que o Serviço Veterinário Municipal não tem recursos humanos suficientes para assegurar, diariamente, a alimentação dos felinos, a higienização dos equipamentos (casas abrigo) e a detecção de animais, a autarquia decidiu entregar à APAFF a gestão dos abrigos, utilização da viatura e a coordenação dos mais de 50 cuidadores registados, que irão assegurar estas tarefas para evitar maus-cheiros, sujidade, queixas e até mesmo maus-tratos por parte de cidadãos menos sensíveis.
O protocolo assinado pelo presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, e Florbela Brísida Castanheira, da APAFF, tem um prazo de cinco anos. Ao Município cabe, entre outras coisas, instalar os abrigos nos lugares estipulados da cidade, enquanto a APAFF fica obrigada à manutenção e limpeza dos mesmos, assim como a fornecer aos cuidadores registados, com a regularidade necessária, a alimentação destinada aos animais.
Durante a cerimónia, Carlos Monteiro enalteceu o “trabalho extraordinário” que a APAFF tem desenvolvido na cidade, apesar dos seus parcos recursos, explicando que continuam as reuniões para se concretizar, assim que possível, “um centro público para a recolha de animais”, entre outros objectivos e parcerias para o bem-estar destes, mas também para “combater outros abusos que contribuem para a proliferação do abandono de animais e consequências que dai advêm, nomeadamente o aparecimento dos roedores e as próprias gaivotas”.