Coimbra  29 de Maio de 2023 | Director: Lino Vinhal

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Empresários de Coimbra apelam a medidas de emergência devido aos custos da energia

14 de Março 2022

A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) alertou, esta segunda-feira, para os aumentos “incomportáveis” dos custos da energia eléctrica, gás e combustíveis e apela ao Governo para adoptar medidas de emergência.

A NERC adverte as empresas para os aumentos do preço da electricidade e aconselha-as a “procurar soluções de renegociação dos contratos, que permitam minimizar este impacto na sua actividade, bem como a mobilizarem-se para a luta pelo não aumento de preços”.

O Governo deve “recorrer a baixa de impostos e apoio às empresas através de programas de emergência, sob pena de vermos muitas empresas fecharem a curto prazo”, defendeu.

A NERC constata que “apesar da “dita” liberalização do sector ter sido feita com a “promessa” de vir baixar os custos da energia eléctrica, tal não se tem verificado, pelo contrário”.

A associação sublinha que estes aumentos provocam uma “forte instabilidade empresarial”, designadamente dos médios consumidores de energia, que “têm grande importância na criação e manutenção de emprego”, assim como se verifica no aumento dos custos dos combustíveis e do gás natural, motivados pela guerra, que afectam os particulares (trabalhadores) e as empresas.

Para a NERC, o Governo deve avaliar a política energética e tomar medidas que assegurem preços mais aceitáveis e estáveis para os consumidores nacionais, sobretudo para os empresariais.

A associação empresarial refere, ainda, que existem factores que contribuem para formar o preço da energia, desde os impostos directos e indirectos, que “podem ser alvo de um olhar mais atento do Governo, assim se queira garantir a competitividade das empresas”.

Além da redução de impostos, a NERC defende uma mobilização de linhas de crédito, para as pequenas e médias empresas, a implementação do ‘layoff’ simplificado nas empresas e ainda o apoio especial aos trabalhadores que, por motivos de contrato de trabalho, têm de se deslocar vários quilómetros diariamente para a sedes das empresas.

“Deve ser lançado um apoio adicional para aqueles que não tendo possibilidades para isso e para não aumentar o absentismo nas empresas deve ser lançando o autovoucher-trabalho como apoio adicional para apoiar os trabalhadores na deslocação para o trabalho”, concluiu.