A Associação Empresarial Serra da Lousã (AESL) exige medidas urgentes para fazer face ao aumento dos preços dos combustíveis nas últimas semanas, que são “insuportáveis e insustentáveis” para todos os setores de actividade.
“É urgente agir e tomar medidas para colmatar os sucessivos aumentos do preço dos combustíveis, porque é o interior quem mais sofre com estes aumentos”, referiu, esta terça-feira, o presidente da associação, Carlos Alves.
Segundo o dirigente, “são insuportáveis e insustentáveis para todos os sectores de actividade estes novos aumentos dos preços dos combustíveis, que não ajudam em nada o território do interior e que, consequentemente, todos os portugueses irão pagar pela inércia e irresponsabilidade do Estado Português”.
Salientando que a AESL representa o território do Pinhal Interior, onde o peso do preço dos combustíveis “é um custo demasiado elevado” para as empresas e famílias, Carlos Alves frisou que os últimos aumentos vão reflectir-se num aumento “excessivo em todos os produtos, bens e serviços que são essenciais a todos”.
“Nesta fase, é perturbador ver o esforço que a população e os empresários estão a fazer para colmatar todos estes aumentos”, sublinha.
O presidente da AESL adianta que existem já alguns empresários “a ponderar se vão manter ou não a actividade, pois como são pequenas empresas não conseguem reflectir no preço de venda os actuais aumentos dos preços dos combustíveis”.
Carlos Alves acusa os governantes de “nada fazerem” para acudir à situação e alertou que se não forem tomadas medidas imediatas “o interior ficará ainda mais despovoado, pois sem empresas não há pessoas”.
O dirigente diz, ainda, que o sector do turismo “já está a sofrer” com os aumentos dos combustíveis, com “consequências gravíssimas para um território do interior esquecido e abandonado pelo Governo”.
“O turismo do interior tem um papel crucial nas economias locais, cria postos de trabalho, gera investimento no território, faz crescer a economia local, ajuda a requalificar o património urbano e cuida da floresta”, salienta o presidente da AESL.
Para atenuar o impacto do aumento dos combustíveis, a associação empresarial apelou ao Governo para repor os apoios à taxa de carbono e diminuir a taxa do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP).
Criada em 2014, a AESL representa oito municípios da área geográfica da Serra da Lousã – dois do distrito de Leiria (Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera) e seis do distrito de Coimbra (Lousã, Vila Nova de Poiares, Góis, Pampilhosa da Serra, Miranda do Corvo e Penela).