A organização da supply chain (ou cadeia de suprimentos em português) é um aspeto fundamental para o sucesso de qualquer companhia cujo modelo de negócios inclua a entrega de produtos ou serviços. Existem muitos fatores que influenciam a eficácia de uma supply chain corporativa, mas nenhum tão determinante como a gestão de armazéns.
As grandes empresas dispõem de recursos que não estão ao alcance da maioria dos negócios. Contudo, existem várias lições a retirar da maneira como as maiores corporações do planeta organizam os seus armazéns—mesmo para pequenas e médias empresas. Abaixo, listámos algumas das principais estratégias de organização de armazéns de empresas de sucesso. Mas antes: qual é o papel dos armazéns no contexto da supply chain?
Os armazéns desempenham um papel fulcral no ambiente empresarial atual. São o ponto intermédio entre a produção e o consumo de produtos, servindo como a “ponte” que liga as fábricas ao setor terciário. Com o avanço das tecnologias (e a popularidade do comércio online em particular), os armazéns aproximaram-se ainda mais dos seus clientes e são, em casos como a Amazon, o único elo físico entre os produtores e o mercado de consumidores.
Assim, os armazéns influenciam a supply chain porque influenciam necessariamente o seu nível de eficácia. Mesmo que esteja muito bem organizado, um negócio não consegue sobreviver sem um armazém que funciona.
A má gestão de armazéns resulta em maior tempo de espera por parte de clientes, em maior desperdício de produtos por fraca manutenção, em maiores custos de mão de obra, e numa pior reputação.
Antes de explorarmos algumas noções mais avançadas, é importante lembrar os aspetos fundamentais da organização de armazéns:
Para começar, é preciso perceber exatamente quais são as potencialidades do espaço que serve como armazém: quantos produtos pode acomodar, que tipo de produtos pode acomodar, e de que maneira pode ser rentabilizado ao máximo.
A seguir, é importante estruturar as condições necessárias para que os funcionários do armazém possam fazer o seu trabalho o mais rápido e eficientemente possível. Para tal, é necessário considerar aspetos como os acessos aos produtos ou a mobília a utilizar. As estantes metalicas de Ractem, por exemplo, adequam-se a qualquer produto e podem ajudar a melhorar o desempenho de um armazém.
Finalmente, é necessário apostar num método de organização de inventário para que nenhum produto seja “esquecido” entre as prateleiras e para que as encomendas possam ser processadas o mais rapidamente possível.
As maiores empresas do mundo contam com um vasto leque de soluções para armazéns que podem ser incorporadas em negócios menores. Ainda que muitas das estratégias listadas abaixo impliquem um investimento avultado, líderes de mercado como a Amazon são responsáveis por várias inovações logísticas que podem ser adaptadas a qualquer modelo de negócios. Estes são alguns dos principais “segredos” das grandes empresas:
Empresas que lidam com milhares ou mesmo milhões de encomendas diariamente não podem guardar todo o inventário nos seus armazéns. Assim, é comum que grandes lojas online apostem numa estratégia de just in time, em que guardam apenas os produtos mais populares em armazém e fazem encomendas rápidas a terceiros mediante encomendas realizadas por clientes.
Companhias como a Amazon baseiam o seu modelo de negócios na eficácia da sua supply chain. Assim, faz sentido que estas façam insourcing de logística mesmo quando fazem outsourcing de produtos.
Por outras palavras: as maiores empresas de entregas do mundo fazem as suas próprias entregas mesmo quando processam produtos que estão no armazém de outras empresas. Só assim grandes corporações como a Amazon podem garantir que todas as suas entregas são realizadas de forma homogénea.
A maioria dos pequenos empresários valoriza aspetos como o custo por metro quadrado no momento de escolher um armazém. As grandes empresas, contudo, possuem o capital necessário para pensar a longo prazo. Mais importante que a valorização de um armazém é a sua relação com os clientes. Ao construírem os seus armazéns junto de áreas metropolitanas, por exemplo, empresas como a Amazon aproximam-se fisicamente da sua base de clientes e melhoram a eficácia das suas entregas.
Provavelmente menos acessível a pequenas e médias empresas, a automação de armazéns é uma das maiores prioridades das grandes empresas. Tecnologias de primeira linha como robótica e Inteligência Artificial já se encontram incorporadas nas estruturas logísticas de várias grandes empresas e ajudam a melhorar processos e a reduzir não só custos de mão de obra como o impacto ambiental.
A automação é o futuro dos grandes armazéns, mas não é preciso ter um fundo de milhões para começar a investir na automação de um armazém. Existem cada vez mais soluções para pequenos negócios que envolvem a integração de aplicações, melhores sistemas de comunicação para funcionários de armazém, ou mesmo localizadores GPS de frotas.