Coimbra vai aprovar Regulamento interno do Centro de Arte Contemporânea

A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar, no dia 30, uma proposta de Regulamento do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). No regulamento interno estabelecem-se as regras de funcionamento da estrutura municipal, relativas à organização e à gestão, assim como a sua relação com os restantes serviços do município e o público.

“Para o desenvolvimento de uma actividade regular é necessário definir um regulamento interno que estabeleça as regras de funcionamento do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra”, justificam os serviços municipais. O regulamento apresentado estabelece as regras de funcionamento do CACC, enquanto serviço da CMC integrado na Divisão de Museologia, e define-o no seu “carácter permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberto ao público e dotado de uma estrutura organizacional que lhe permite conservar, estudar e valorizar as suas colecções, com objectivos científicos, educativos e lúdicos e ainda, propor a aquisição de bens patrimoniais com relevância cultural no âmbito da arte contemporânea”, refere o documento.

O CACC está, provisoriamente, instalado no Largo do Arco de Almedina, nas antigas instalações do Banco Pinto & Souto Mayor, e a sua criação resultou do protocolo celebrado a 18 de Junho de 2020, entre o Município de Coimbra a Direcção-Geral do Património Cultural, para a cedência temporária de obras da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, mais precisamente da colecção do ex-BPN e a vinda para Coimbra, por 25 anos, de 193 obras de autores modernos e contemporâneos, portugueses e estrangeiros, na sua maioria com forte expressão nacional e internacional.

De acordo com o referido protocolo, o Município assumiu o compromisso de constituir um Centro de Arte Contemporânea num outro edifício, processo que se encontra em desenvolvimento.

Entretanto, nas instalações temporárias de Almedina, o Município desenvolveu uma programação regular, foram criados projectos expositivos, debates, workshops de mediação e outras actividades, fomentando-se leituras plurais sobre as diferentes manifestações artísticas contemporâneas e convidando todos à reflexão sobre as várias formas de ver e de pensar.

O regulamento interno que, agora, vai ser apreciado em Executivo Municipal visa “disciplinar a prestação de serviço ao público”, definindo os objectivos e missão do Centro de Arte, as funções museológicas, a gestão de colecções, exposições, publicações e vendas, os recursos humanos e financeiros e os horários de funcionamento.