A Câmara Municipal (CM) de Coimbra iniciou, na segunda-feira, uma operação de remoção da alga invasora elódea-africana no canal da margem esquerda do Parque Verde do Mondego.
A CM Coimbra debate-se, desde finais de 2017, com a invasão da elódea-africana no canal da margem esquerda do Parque Verde do Mondego, após a situação ter sido detetada pelo Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.
A autarquia inicia agora uma nova operação de remoção para tentar controlar a expansão desta alga invasora, uma vez que esta espécie coloca em risco a biodiversidade autóctone e os serviços ecológicos das massas de água, mas também se revela um grande constrangimento à navegabilidade do canal e ao seu uso para a prática desportiva.
A elódea-africana (lagarosiphon major) é uma planta aquática submersa de cor verde-escura, pouco ramificada, com folhas pequenas alternas e curvadas para baixo e mais juntas perto do ápice. Forma “tufos” no fundo da água, podendo crescer até seis metros, formando tapetes flutuantes junto da superfície.
Os trabalhos foram iniciados no dia 21 e está prevista a duração de aproximadamente uma semana. A operacionalização segue procedimentos rigorosos de minimização da propagação da elódea-africana, embora esta espécie já se encontre em vários locais do leito do Rio Mondego.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra irá também prestar apoio no sentido de disponibilização de equipamento específico, composto por ceifeiras aquáticas, que permitirão uma intervenção mais eficaz no leito do Rio Mondego. Esta operação está prevista para o mês de Maio de 2022.