A Coimbra Business School – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) está a transmitir todas as aulas presenciais em tempo real e o seu presidente reclama para a instituição a distinção de estar “na linha da frente da inovação tecnológica no ensino superior português”.
O presidente Pedro Costa disse, hoje, à agência Lusa que a escola instalou monitores interactivos, câmaras de vídeo e sistemas de som em todas as salas de aula, que permitem o acompanhamento e a participação em directo de todos os estudantes que estão em casa e os conteúdos ministrados podem ser revistos mais tarde através de um ‘QR code’.
Pelo investimento realizado nas novas tecnologias, motivado pela pandemia de covid-19, o responsável reclama para a instituição a distinção de estar “na linha da frente da inovação tecnológica no ensino superior português”, ao permitir aos estudantes um acesso mais inclusivo ao conhecimento.
Com o sistema de ecrãs digitais interactivos instalados em todas as salas de aulas, a escola permite que todo o ensino ministrado seja, em simultâneo, presencial e leccionado à distância em tempo real.
O objectivo “é dar aos estudantes que estão em casa a oportunidade de assistirem em directo aos conteúdos que estão a ser leccionados presencialmente nesta escola de ciências empresariais”.
“Em vez de haver uma câmara a filmar o quadro, sendo um ecrã digital de um monitor, essa imagem é partilhada de forma digital com todos os alunos que estão ‘online’”, revela Pedro Costa.
A escola está, então, a promover “um misto de regime presencial/’online’”, feito de forma rotativa e que garante sempre que todos os alunos que declaram não ter equipamentos informáticos têm prioridade no acesso às aulas presenciais.
“Garantimos, assim, alguma mitigação nas diferenças sócio-económicas que, inevitavelmente, são acentuadas pelo regime de ensino mais à distância e com grande dependência tecnológica”, sublinha.
A escola fez um investimento nas novas tecnologias em duas fases, o que obrigou a “uma rigorosa gestão financeira dos recursos”.
Como o financiamento da escola não aumentou, segundo Pedro Costa, houve necessidade de “mudar tudo o que estava previsto” e colocar o foco nesta medida para que os alunos “não perdessem a qualidade do ensino a que estão habituados”.
A Coimbra Business School aproveitou os últimos meses de 2020 para se preparar para a actual terceira vaga da covid-19, tendo modernizado os seus processos de ensino através da aquisição de equipamentos inovadores.
“Embora em 2020, no início da pandemia, o regime de ensino à distância tenha sido utilizado, de forma emergente, para garantir a continuidade do ensino e a missão da Coimbra Business School, focámo-nos, desde logo, em duas prioridades para esta escola de negócios: encontrar soluções que diminuam a propagação da pandemia e salvaguardem a saúde de toda a comunidade académica; e garantir, ao mesmo tempo, a qualidade e a equidade educativa entre todos os estudantes da escola”, afirma Pedro Costa.
O responsável assume que, “com ou sem pandemia, seja em que doses for, o ensino superior do futuro terá sempre de ser um ‘mix’ entre ensino presencial e o ensino digital”.
A 10 de Março de 2020, a Coimbra Business School foi dos primeiros estabelecimentos do ensino superior a suspender as aulas presenciais e, poucas semanas depois, 504 turmas tinham 100 por cento de aulas à distância, um processo que envolveu 3 500 estudantes e 500 docentes e investigadores.