A indigitação de Jaime Ramos como candidato do PSD à presidência da Câmara de Coimbra foi ratificada, hoje, por um plenário de militantes social-democratas bastante frequentado.
No rescaldo do consenso por que se pautou a reunião, o líder concelhio do PSD/Coimbra, Paulo Leitão, foi mandatado para formalizar o convite.
Nem as observações de Olinda Rio, que questionou a metodologia subjacente à escolha do médico, beliscaram o “amplo consenso” verificado, disseram fontes partidárias ao “Campeão”.
A candidatura também vai ser patrocinada pelo CDS/PP.
O cenário de Jaime Ramos emergir como candidato social-democrata foi noticiado, em primeira-mão, a 19 de Janeiro, pela edição electrónica do nosso Jornal.
Outrora presidente da Câmara de Miranda do Corvo, o médico e timoneiro da Fundação ADFP foi deputado à Assembleia da República, dirigente de organismos sob a alçada do Ministério da Saúde e governador civil de Coimbra.
O antigo autarca mirandense esteve na iminência de haver sido, em 2001, o candidato social-democrata à liderança do Município conimbricense, ocasião em que teria como opositor Manuel Machado (PS), que volta a perfilar-se para ser reconduzido no cargo.
Fundador da ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional em 1987, Jaime Ramos está arredado da actividade politico-partidária há 25 anos, tendo sido presidente da Comissão Concelhia do PSD/Coimbra.
Como deputado (antigo vice-presidente do Grupo Parlamentar social-democrata), o médico foi defensor do Serviço Nacional de Saúde e apologista da despenalização do aborto, em determinadas circunstâncias, e da legalização das rádios locais.
A nível local, Ramos tem-se batido pela reabertura do Ramal ferroviário da Lousã, designadamente como porta-voz de um movimento cívico.
Listas (conjuntas) do PSD e do CDS conquistaram a presidência da Câmara conimbricense em 1979, 1985, 2001, 2005 e 2009, tendo cabido seis triunfos ao PS.
Em 2013, o CDS/PP concorreu autonomamente aos órgãos autárquicos de Coimbra e o PSD aliou-se ao Partido Popular Monárquico (PPM) e ao Movimento Partido da Terra (MPT).