Teresa Mendescosta, da Fundação Mater Christi, e Henrique Mendes Santos, presidente da Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra, na Casa da Mãe
As 10 mães e respectivos bebés que vivem na Casa da Mãe, em Coimbra, uma instituição gerida pela Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra (OPSDC), podem contar com uma nova carrinha de transporte, doada pela Fundação Mater Christi, de Oliveira do Hospital.
“Esta doação é muito importante e apareceu numa boa altura por todos os motivos. O nosso parque de viaturas está velho e é necessária a sua renovação, principalmente das carrinhas de transporte”, explicou Henrique Mendes dos Santos, presidente da OPSDC, notando que a viatura será “prioritária para o transporte dos residentes da Casa da Mãe”.
A carrinha Mercedes Vito, de nove lugares, servirá para levar os bebés e crianças às creches e jardins-de-infância que frequentam, mas também para transportar as mães para as suas ocupações, seja a escola, formação profissional ou o trabalho.
“Estamos muito gratos pela doação, que permitirá ajudar estas meninas e meninos”, disse Henrique Mendes dos Santos, acrescentando que “este é, igualmente, um reconhecimento do trabalho desenvolvido”. “Ainda há pessoas boas”, concluiu o responsável, agradecendo à Fundação Mater Christi, mas também à empresa Sodicentro, que contribuiu “com uma quota-parte”.
A ideia partiu do padre Francisco Prior Claro, daquela paróquia, que levou a impulsionadora da Fundação, Teresa Mendescosta, a conhecer a Casa da Mãe e as suas residentes.
Ao criar a Fundação, os responsáveis perceberam que “já havia muitas instituições que trabalhavam com crianças e jovens, mas que tinham bastantes dificuldades”, pelo que imediatamente enveredaram por “ajudar as que já existiam ao invés de criar uma nova entidade com o mesmo propósito”.
“O que me interessa é ajudar a quem se dedica a socorrer crianças em risco, em qualquer idade, e que as mesmas possam beneficiar dessa ajuda”, disse Teresa Mendescosta. “Estou satisfeita porque para eles foi uma alegria enorme e vai com certeza facilitar-lhes a vida”, sublinhou.
A Casa da Mãe, localizada no Bairro do Loreto, em Coimbra, apoia jovens adolescentes grávidas e com filhos, “em situação de vulnerabilidade social, sem estrutura familiar ou económica”, esclareceu Andrea Carvalho, directora técnica da instituição, adiantando que a ajuda prestada passa pela educação, saúde, alimentação, apoio jurídico e psicológico, etc.
Ali residem, no máximo, 10 utentes, com idades médias entre os 14 e os 22 anos, e filhos entre os quatro e cinco anos.
“A ideia é dar a estas jovens mães autonomia para que possam sair da instituição e continuar a sua vida, ficando connosco até que estejam reunidas as condições para tal”, salientou Andrea Carvalho.
As residentes, a maioria da região, mas também provenientes de outras zonas do país e até das ilhas, são sinalizadas pelas escolas, centros de saúde e até mesmo pelas maternidades, sendo depois encaminhadas para a Casa da Mãe.
A responsável frisa que, ao longo destes anos, já ajudaram “largas dezenas de jovens” e o saldo “é bastante positivo, com a maioria dos casos a conseguir autonomizar-se e algumas continuam a manter o contacto com a instituição mesmo depois de saírem”.