A Câmara de Coimbra apresentou esta quarta-feira, no âmbito das comemorações do Dia Mundial de Turismo, a estratégia para Coimbra.
O documento traça as orientações estratégicas para o desenvolvimento turístico da cidade nos próximos três anos e propõe, entre outras medidas, a criação de um Coimbra Card, de um Museu da História da Cidade, de um espaço de criação artística, o reforço da sinalética turística e da rede WiFi e a criação e afirmação da marca Coimbra.
A sessão de abertura foi assegurada pelo vice-presidente da Câmara de Coimbra, Francisco Veiga, responsável pelo pelouro do Turismo, e o encerramento coube ao presidente da Câmara, José Manuel Silva. Depois da apresentação da estratégia, decorreu uma mesa-redonda, moderada por Filipe Carvalho, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, que contou com a participação de António Fontes, especialista em planeamento e estratégia turística, Armando Carvalho, com experiência na afirmação de marcas territoriais com base em redes colaborativas e Elisabeth Kastenholz, especialista em marketing e estratégia turística.
O plano está assente em cerca de 70 acções e actividades organizadas de acordo com cinco eixos estratégicos, designadamente Coimbra e Património, Coimbra e Eventos, Comunicação e Promoção, Capacitação e Inovação. A proposta de implementação destas acções assenta em três âmbitos: as que estão já em desenvolvimento pela Divisão de Turismo, aquelas cuja implementação está a ser preparada e que serão lideradas pela Divisão de Turismo e as que necessitam de apoio e articulação com os agentes económicos e turísticos de Coimbra, bem como outras entidades.
Eixos estratégicos
São indicadas diversas acções para cada eixo estratégico. No primeiro eixo, Coimbra e Património, destaque para a proposta de criação de um cartão único de visitante – Coimbra Card – que agregue a oferta turística da cidade (entrada em museus, espaços culturais e experiência de fado de Coimbra, entre outras), à semelhança do que sucede em Londres e Barcelona. Ainda neste capítulo, menção à criação de um Museu da História da Cidade, com recurso à interactividade digital.
Já relativamente ao segundo eixo, Coimbra e Eventos, propõe-se a criação de um espaço de experimentação cultural/musical/artística para novos talentos e integração dos mesmos na agenda cultural da cidade, assim como a uma aproximação a promotoras nacionais e internacionais para a realização de eventos desportivos, concertos ou outros espectáculos culturais. No que diz respeito ao terceiro eixo, Comunicação, o estudo aponta a necessidade da criação da marca Coimbra e o reforço da sinalética com informação turística, assim como a colaboração com influenciadores digitais para promoção do território.
No quarto eixo, Capacitação, uma das propostas passa pela criação de programas de voluntariado jovem na época do Verão, onde os participantes colecionam horas de trabalho e possam depois trocá-las por vantagens em eventos ou entradas em espaços. Por último, no eixo Inovação, o estudo aponta, entre outras medias, para o reforço da qualidade e da cobertura de rede WiFi gratuita da cidade e na candidatura de Coimbra a European Capital of Smart Tourism – União Europeia.
No estudo são apontados como pontos fortes de Coimbra a diversidade e a riqueza do património material e imaterial, classificado pela UNESCO, um ecossistema empreendedor altamente competitivo e activo e infraestruturas diversificadas para eventos culturais, de entretenimento e desportivos. Por outro lado, são indicados como aspectos menos positivos as dificuldades na criação de novos itinerários e pacotes turísticos, o baixo nível de inovação na experiência turística e a sinalização e informação turística no contexto urbano.