O PSD e o CDS vão iniciar conversações, em breve, para patrocinarem a candidatura de Jaime Ramos à presidência da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), apurou o “Campeão”.
Os líderes concelhios social-democrata e centrista, Paulo Leitão e Luís Providência, respectivamente, vão reunir-se, ainda esta semana, depois de se ter gorado, em 2013, a reedição da aliança que proporcionou triunfos a uma coligação em 1979, 1985, 2001, 2005 e 2009.
Dentro de dias, deverão reunir-se Maurício Marques, líder distrital do PSD/Coimbra, e o seu homólogo do CDS, Luís Lagos.
Um protocolo com vista às eleições autárquicas de 2017 foi outorgado, há um mês, por dirigentes do PSD e do Partido Popular, mas, apesar do seu âmbito nacional, limita-se a “enquadrar acordos de coligação celebrados a nível local”.
Outrora presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Jaime Ramos, médico e timoneiro da Fundação ADFP, foi deputado do PSD à Assembleia da República, dirigente de organismos sob a alçada do Ministério da Saúde e governador civil de Coimbra.
O antigo autarca mirandense esteve na iminência de haver sido, em 2001, o candidato social-democrata à liderança do Município conimbricense, ocasião em que teria como opositor Manuel Machado (PS), que volta a perfilar-se para ser reconduzido no cargo.
Fundador da ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional em 1987, Jaime Ramos está arredado da actividade politico-partidária há 25 anos, tendo sido presidente da Comissão Concelhia do PSD/Coimbra.
Como deputado (antigo vice-presidente do Grupo Parlamentar social-democrata), o médico foi defensor do Serviço Nacional de Saúde e apologista da despenalização do aborto, em determinadas circunstâncias, e da legalização das rádios locais.
A nível local, Ramos tem-se batido pela reabertura do Ramal ferroviário da Lousã, designadamente como porta-voz de um movimento cívico.
A hipotética candidatura de Álvaro Amaro à CMC parecia ter tomado a dianteira no seio do PSD, entre perto do final de Dezembro [de 2016] e meados do presente mês, mas o facto de ele se encontrar só desde 2013 na liderança do Município da Guarda terá comprometido aquela presumível aspiração.
Depois de uma dúzia de anos à frente da Câmara de Gouveia (2002 – 13), o economista transitou para a congénere da capital da Beira Alta e a circunstância de se encontrar a cumprir primeiro mandato estará a pesar na inclinação para se recandidatar na Guarda.