Coimbra  4 de Outubro de 2023 | Director: Lino Vinhal

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Câmara de Coimbra diz que é preciso voltar a desassorear rio Mondego

4 de Setembro 2023 Jornal Campeão: Câmara de Coimbra diz que é preciso voltar a desassorear rio Mondego

O vereador com a pasta do ambiente da Câmara de Coimbra, Carlos Lopes, afirmou que será necessário voltar a desassorear o rio Mondego, cinco anos após ter terminado uma operação que custou cerca de quatro milhões de euros.

A zona entre a ponte Rainha Santa (também conhecida por ponte Europa) e o Açude-Ponte, que recebeu uma operação de desassoreamento que terminou em 2018, “apresenta já uma forte reposição de inertes”, disse o vereador, durante a reunião desta segunda-feira do Executivo, admitindo a necessidade de uma intervenção semelhante a curto prazo.

No entanto, a necessidade mais urgente será iniciar o desassoreamento do rio Mondego entre “a Portela e ponte Rainha Santa Isabel”, referiu o vereador eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra. Segundo Carlos Lopes, estas necessidades foram comunicadas pelo Município ao ministro do Ambiente, numa reunião na sexta-feira.

Durante a reunião do Executivo, após um alerta lançado pelo vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, sobre a empreitada da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no rio Mondego, entre a ponte da Portela e o açude de Palheiros, Carlos Lopes admitiu que também o Município levanta várias preocupações quanto à intervenção que prevê a protecção das margens e redução do risco de inundação.

A intervenção estava prevista num protocolo assinado no anterior mandato e terá de ser executada até Dezembro de 2023, explicou, sublinhando que “a pressa não é boa conselheira”.

A Câmara de Coimbra não teve conhecimento de qualquer contacto ou informação às populações sobre a empreitada, que foi alvo de críticas por parte de ambientalistas, e só teve conhecimento do edital “dois dias antes de a intervenção começar”, constatou.

“Não é uma requalificação, mas uma verdadeira regularização do rio e teria sido importante a avaliação de impacte ambiental, que até à data se desconhece”, frisou.

De acordo com Carlos Lopes, os serviços municipais estão a acompanhar a intervenção, para assegurar a manutenção de vegetação autóctone durante a empreitada.