O ex-vogal da Metro Mondego Eduardo Barata vai presidir ao Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC).
A Câmara Municipal de Coimbra vai propor que Eduardo Barata presida aos SMTUC, coadjuvado pela vogal Marilene Rodrigues, que foi vice-presidente da Câmara de Miranda do Corvo até às eleições autárquicas de Outubro, confirmou à agência Lusa fonte oficial do Município.
Eduardo Barata e Teresa Jorge foram demitidos e substituídos dos cargos de administradores executivos da Metro Mondego em Setembro, por proposta do Estado (que é accionista maioritário da empresa), substituindo-os por dois nomes ligados ao PSD, numa Assembleia-Geral que mereceu o voto contra dos municípios de Miranda do Corvo e da Lousã.
Segundo a mesma fonte camarária, a proposta de nomeação será apresentada e votada na próxima segunda-feira, em reunião do executivo, passando o Conselho de Administração (CA) a ter, por agora, apenas dois elementos (o actual órgão tem um presidente e dois vogais).
Eduardo Barata, que foi suplente nas listas do PS à Câmara de Coimbra em 2021, foi vogal da Metro Mondego entre 2019 e Setembro deste ano e é professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), sendo a sua formação na área de economia.
Já Marilene Rodrigues, formada em direito, foi vice-presidente da Câmara de Miranda do Corvo, quando esta era liderada pelo PS, autarquia onde também foi dirigente municipal.
O actual presidente do CA dos SMTUC, Jorge Miguel Jesus, estava demissionário desde Maio, tendo passado a manter-se no cargo em regime de não permanência e sem remuneração, por “razões do foro pessoal”.
Em 2024, o anterior executivo (liderado por uma coligação encabeçada pelo PSD) decidiu avançar para um Conselho de Administração a tempo inteiro (até então, o Conselho de Administração era composto por vereadores do executivo municipal).
Na altura da nomeação de um Conselho de Administração a tempo inteiro, PS e CDU abstiveram-se na votação, com a na altura vereadora do PS Regina Bento a considerar que a proposta de um CA externo revelava “desnorte, impreparação” e “incapacidade”, criticando os encargos adicionais para o município com essa mudança na gestão dos SMTUC.
O CA cessante é composto ainda pela directora-delegada dos SMTUC, Maria João Melo, e pelo responsável pelo setor da rede de tração e equipamentos auxiliares daqueles serviços municipalizados, Nuno Faria.