A futura presidente da Junta da UF de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades reconheceu, esta quarta-feira (12), que o processo de formação do executivo continua a ser marcado pelo impasse.
O assunto é objecto de notícia, quinta-feira, na publicação do “Campeão” em papel, sendo que foi impossível o nosso Jornal conhecer a versão de Laura Fonseca imediatamente antes do fecho da edição impressa.
“Na sequência de conversações anteriores com os representantes da coligação ‘Juntos Somos Coimbra’ e do movimento Unidos para Afirmar (UPA)”, a autarca revelou ter levado a cabo, anteontem (10), com as forças políticas representadas na Assembleia da União de Freguesias, uma sessão destinada a “promover nova ronda de negociações em simultâneo”.
Laura Fonseca (PS) indica ter mantido a sua proposta, cujo teor consiste em “integrar dois vogais” no executivo, alheios à coligação ‘Avançar Coimbra’, e na “atribuição da presidência da Mesa da Assembleia a elementos de ‘Juntos Somos Coimbra’ (JSC) e/ou do movimento UPA”.
“Questionados sobre se, (…) estariam disponíveis para viabilizar” a composição da Junta, os representantes de JSC, “apesar de a proposta do seu cabeça de lista ter sido ali a de aceitar (…)”, indicaram “necessitar de tempo para reflectir, comprometendo-se com uma resposta para o dia seguinte”, alega Laura Fonseca.
Segundo a autarca, o UPA manteve “a posição já manifestada de não viabilizar um executivo majoritário da força política vencedora, mantendo a proposta de integrar o executivo apenas na condição de ali formar uma maioria com os elementos de ‘Juntos Somos Coimbra’ “.
Laura Fonseca acrescenta que o representante do Chega manifestou “a opinião de que deveriam as forças da oposição viabilizar a proposta apresentada pela presidente da Junta”.
Terça-feira (11), a autarca foi informada da decisão de JSC de “não aceitar a proposta apresentada, com o argumento de que [a coligação] não viabilizaria um executivo com maioria da força política vencedora”.
A avaliar por uma hipótese aventada por fontes autárquicas e partidárias, dois dos três vogais que restam do executivo de Jorge Veloso poderão vir a inclinar-se para a renúncia, cenário em que a provisória Junta de Laura Fonseca ficaria sem quórum (restando ela e uma irmã, Carla Fonseca).