A fala como biomarcador de saúde na era da IA no Centro Cirúrgico de Coimbra

Isabel Trancoso é a convidada do Centro Cirúrgico de Coimbra para a sessão de Outubro “Ao final da tarde”, agendada para hoje, pelas 17h00, no Centro Cirúrgico de Coimbra.

No dia seguinte, sábado (18), pelas 18h00, a investigadora Isabel Trancoso participa também na iniciativa “Conversar é o melhor remédio”, mas no Exploratório, Centro de Ciência Viva de Coimbra. As duas iniciativas têm entrada livre.

Isabel Trancoso é Professora Catedrática no Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, onde fez todo o seu percurso profissional, com excepção de uma passagem pelos Bell Labs. Apesar de formalmente aposentada, continua a sua carreira de investigação no INESC-ID, focada no processamento da língua natural, sobretudo falada. Entre muitos outros cargos, foi presidente do Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores do IST, do Conselho Científico do INESC-ID e da associação ISCA (International Speech Communication Association).

A fala codifica informação sobre atributos físicos do falante, como o sexo biológico, a faixa etária e até a altura, mas também sobre muitas outras características, como a emoção, o stress ou o sotaque, só para mencionar algumas. Além disso, também codifica pistas sobre um largo espectro de doenças, que vão para além das chamadas perturbações da fala e da linguagem, e incluem, por exemplo, doenças neurodegenerativas, mentais ou respiratórias.

O facto de poder ser tratada como biomarcador de saúde, a par com muitas outras aplicações nesta área, faz da fala uma modalidade com um enorme potencial, mas também grandes vulnerabilidades em termos de privacidade e segurança que há que processar de uma forma responsável na era da inteligência artificial.