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Pampilhosa da Serra paga factura da água em 19 aldeias afectadas

26 de Agosto 2025 Jornal Campeão: Pampilhosa da Serra paga factura da água em 19 aldeias afectadas

O Município da Pampilhosa da Serra aprovou a devolução integral do valor da factura da água aos habitantes de 19 aldeias afectadas pelos incêndios ocorridos entre os dias 14 e 21.

A Câmara explicou que a medida, aprovada por unanimidade em reunião da edilidade, “prevê a devolução do valor total da factura de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos, correspondente ao período em causa, para todos os consumidores de 19 aldeias” das freguesias de Fajão-Vidual, Unhais-o-Velho, Janeiro de Baixo e Dornelas do Zêzere.

A decisão abrange as localidades de Adurão, Aradas, Camba, Carregal, Covanca, Dornelas do Zêzere, Esteiro, Machial, Machialinho, Meãs, Pisão, Portas do Souto, Portela de Unhais, Porto da Balsa, Porto de Vacas, Póvoa da Raposeira, Selada da Porta, Seladinhas e Unhais-o-Velho.

O presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, considera ser “da mais elementar justiça apoiar quem largou tudo para ajudar a combater o fogo e a proteger as suas casas e aldeias”.

“As nossas gentes arregaçaram as mangas e foram autênticas guerreiras, sendo que esta decisão pretende aliviar os custos associados a essa atitude inexcedível”, argumentou o autarca.

Os munícipes abrangidos deverão fazer chegar a factura da água à Câmara Municipal ou Juntas de Freguesia, seguindo-se uma validação dos pedidos por parte da autarquia.

Depois, a Câmara Municipal “assegurará, junto da APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior, [concessionária de água e saneamento] a quitação imediata das facturas abrangidas”. O valor das facturas será assim “suportado pela autarquia, a título indemnizatório”.

“Este apoio surge em reconhecimento da coragem e solidariedade demonstrada por muitos munícipes, que utilizaram os seus próprios recursos, nomeadamente água do abastecimento público, para proteger casas, património e florestas, ajudando também no combate às chamas”, observa o Município da Pampilhosa da Serra.

Acrescenta que a medida resultou de uma decisão concertada com os Municípios de Góis e Lousã “que, em conjunto, enfrentaram recentemente a mesma tragédia e reconheceram a necessidade de aliviar o peso financeiro das populações, nesta situação de particular exigência”.

O incêndio florestal que deflagrou na madrugada de dia 13 na freguesia do Piódão, em Arganil, lavrou durante 11 dias e consumiu 64 mil hectares, a maior área de sempre.

As chamas estenderam-se aos municípios da Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Castelo Branco, Covilhã e Fundão (distrito de Castelo Branco).