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Uma dezena de casas de primeira habitação destruídas na região Centro

22 de Agosto 2025 Jornal Campeão: Uma dezena de casas de primeira habitação destruídas na região Centro

Os incêndios que há várias semanas consomem diferentes zonas do país já destruíram dez casas de primeira habitação na região Centro. O Governo anunciou que irá comparticipar a reconstrução destes imóveis até ao limite de 250 mil euros.

O concelho de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, é o mais afectado, com cinco habitações destruídas pelo grande incêndio de Arganil. Segue-se a Lousã, também no distrito de Coimbra, com duas casas ardidas.

Em Oliveira do Hospital, as casas afectadas localizam-se em Avô (duas), Vila Pouca da Beira (duas) e Aldeia das Dez (uma), segundo revelou o presidente da autarquia, Francisco Rolo. A Câmara Municipal está a preparar um plano de levantamento dos danos, baseado em três eixos – pessoas, segurança e prejuízos – que começará a ser implementado na próxima segunda-feira por cerca de 30 elementos dos serviços municipais, juntas de freguesia, Segurança Social e instituições de saúde.

Na Lousã, as chamas que deflagraram a 14 de Agosto no Candal destruíram uma casa móvel de primeira habitação em Silveira de Cima e outra, em fase de reconstrução para habitação própria, na localidade de Cabanões.

No distrito da Guarda, o concelho de Aguiar da Beira contabilizou igualmente uma habitação ardida, confirmou o presidente da Câmara, Virgílio Cunha, salientando que existem outros imóveis com danos, mas que ainda permitem a permanência dos moradores. Os fogos chegaram ao concelho a 13 e 14 de Agosto, oriundos de Trancoso (Guarda) e dos vizinhos Sernancelhe e Sátão (Viseu).

Também em Fornos de Algodres ardeu uma casa de primeira habitação, enquanto os concelhos de Penamacor e Castelo Branco registaram, cada um, uma habitação destruída.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou na quinta-feira, em Viseu, que o apoio para reconstrução de casas de primeira habitação será “a 100% até ao montante de 250 mil euros”. Acima deste valor, o Estado comparticipará 85% dos custos.

A medida insere-se num novo instrumento legislativo aprovado em Conselho de Ministros, que funcionará como “lei-quadro” para situações de emergência semelhantes, permitindo, no imediato, uma disponibilização de cerca de 2,5 milhões de euros.

Desde Julho, Portugal continental tem sido afectado por incêndios de grande dimensão, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Os fogos já provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns em estado grave. As chamas destruíram parcial ou totalmente habitações, explorações agrícolas e pecuárias, além de vastas áreas de floresta.

Portugal activou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil, tendo já recebido dois aviões Fire Boss e um helicóptero Super Puma, estando prevista a chegada de mais dois aviões Canadair.

De acordo com dados provisórios, até 21 de Agosto arderam 234 mil hectares, dos quais mais de 53 mil correspondem apenas ao incêndio iniciado em Arganil.