Os preços da habitação registaram ajustamentos significativos em várias zonas de Portugal ao longo de 2025, com descidas anuais que, em alguns municípios, ultrapassaram os 15%. De acordo com uma análise do idealista são sobretudo os concelhos do Centro e do Alentejo que dominam a lista dos locais onde comprar casa ficou mais barato no último ano.
A maior quebra foi observada na Golegã, no distrito de Santarém, onde o preço médio da habitação desceu 15,3%, fixando-se agora nos 1.083 euros por metro quadrado. Logo a seguir surge Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, com uma redução expressiva de 12,3%, que colocou o valor médio nos 477 euros/m² — um dos preços mais baixos registados em todo o território nacional. Pombal, no distrito de Leiria, completa o pódio das maiores descidas, com uma queda de 8% e um preço médio de 1.162 euros/m².
O distrito de Coimbra assume particular relevância nesta análise. Para além de Pampilhosa da Serra, também Penacova e Tábua registaram recuos nos valores da habitação. Em Penacova, o preço médio caiu 3,1%, situando-se nos 500 euros/m², enquanto Tábua apresentou uma descida de 2,1%, para 665 euros/m². Estes números confirmam a tendência de maior acessibilidade no interior do distrito, contrastando com a pressão dos preços nos grandes centros urbanos.
A lista das maiores descidas integra ainda Alcoutim, no Algarve, com uma quebra de 6,7% (1.081 euros/m²), Borba e Portel, no distrito de Évora, ambos com reduções de 5,3%, bem como Gouveia (Guarda), Chamusca (Santarém) e Avis (Portalegre), onde os preços também recuaram de forma consistente. No Norte, Melgaço destacou-se com uma descida de 1,8%, enquanto Vila Real e Vizela encerraram o ranking com reduções mais moderadas.
Paralelamente às quedas anuais, o idealista identificou os municípios mais baratos para comprar casa em cada distrito e região autónoma. Mais uma vez, Pampilhosa da Serra sobressaiu, não apenas como o concelho mais acessível do distrito de Coimbra, mas como um dos mais baratos do país, com um valor mediano de 477 euros/m².
No distrito de Portalegre, Nisa apresentou o preço mais baixo (498 euros/m²), enquanto Sabugal liderou na Guarda (505 euros/m²) e Penamacor em Castelo Branco (510 euros/m²). Nas regiões autónomas, Santana manteve-se como o município mais económico da Madeira (1.792 euros/m²) e Lajes do Pico destacou-se nos Açores, com 1.084 euros/m².
Já nos distritos mais pressionados pelos preços, Cadaval revelou-se o concelho mais acessível da área de Lisboa (1.550 euros/m²), ao passo que Baião foi o mais barato do distrito do Porto, com um valor médio de 957 euros/m².
Segundo os dados do idealista referentes a Novembro, concelhos como Sátão, Melgaço e Alcoutim continuam a oferecer preços de habitação inferiores à mediana nacional, confirmando que, apesar das oscilações do mercado, o interior e algumas zonas menos densamente povoadas permanecem como alternativas atractivas para quem procura comprar casa a preços mais contidos.