Critical Software investe 320 mil euros e prepara 200 novos empregos em Viseu

A Critical Software vai investir 320 mil euros na reabilitação de instalações em Viseu, prevendo a criação de cerca de 200 novos postos de trabalho nos próximos anos.

Na reunião pública do executivo municipal, foi aprovado por unanimidade o contrato de subarrendamento entre a autarquia e a multinacional tecnológica, permitindo desbloquear uma situação que, segundo o autarca, se arrastava “há meses”.

João Azevedo explicou que a empresa pretende resolver “problemas infra-estruturais no edifício” e criar “condições para ter um número significativo de novos postos de trabalho”. O presidente da Câmara, eleito nas últimas autárquicas, afirmou que, ao tomar posse, se deparou com um processo por concretizar: “Reunimos com os responsáveis da Critical e percebemos que estavam desesperados para começar as obras de reabilitação do espaço”.

A intervenção será realizada pela própria Critical Software, sendo o montante investido deduzido no valor das rendas futuras.

Fundada em 1998, a Critical Software é especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas e serviços de engenharia para sistemas críticos orientados à segurança, missão e operação. A empresa actua em sectores como espaço, aeronáutica e defesa, empregando mais de 1.400 pessoas em Portugal, Reino Unido, EUA e Alemanha.

O autarca adiantou ainda que, para além deste investimento, “haverá novidades quanto a outras iniciativas empresariais no concelho de Viseu, nas próximas semanas, que vão valorizar o território”.

Na mesma reunião, foi igualmente aprovado, por unanimidade, o reforço de 20% do orçamento do programa municipal Eixo Cultura, que passa de 800 para 960 mil euros. João Azevedo afirmou que este aumento permitirá dar “mais conforto financeiro” às estruturas culturais locais, embora as normas do programa só venham a ser revistas em profundidade em 2027, após um período de auscultação dos agentes culturais.

O presidente da Câmara abordou também a recente reunião sobre o futuro traçado do Itinerário Principal 3 (IP3), que contou com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, bem como de autarcas e representantes das Comunidades Intermunicipais Viseu Dão Lafões e Região de Coimbra.

Entre as alternativas analisadas está a ligação à A13 via Penacova ou ao nó de Souselas. Segundo o ministro, após tomada a decisão, o Governo avançará com os projectos de execução para garantir que o IP3 seja, até 2034, totalmente convertido em perfil de auto-estrada.

João Azevedo, que preside à CIM Viseu Dão Lafões, defendeu, no entanto, que é necessário “diminuir prazos”, alertando que, caso contrário, a ligação integral entre Viseu e Coimbra poderá demorar “10, 15 ou 20 anos”.

“Vamos esperar pela opinião técnica e decidiremos até 15 de Dezembro. Mas queremos que o IP3 esteja rapidamente executado, em perfil de auto-estrada e sem portagens”, concluiu.