Coimbra, Lisboa, Mealhada e Penacova recebem o melhor do cinema português

De 15 a 22 de Novembro, o cinema português volta a ser protagonista em Coimbra, Lisboa, Mealhada e Penacova. Com mais de 110 filmes em exibição e 63 sessões programadas, o Festival Caminhos do Cinema Português reafirma-se como o principal espaço dedicado, em exclusivo, à produção nacional.

Na sua 31.ª edição, o festival apresenta uma programação que reflecte a pluralidade do cinema português, do documentário à ficção, da animação ao experimental, evidenciando um sector vivo, diverso e em constante transformação.

Para além dos espaços habituais em Coimbra, a Casa do Cinema e o Teatro Académico de Gil Vicente, o festival estende-se novamente à Mealhada (Cine-Teatro Messias) e a Penacova (Auditório Municipal), e este ano chega também a Lisboa, com projecções no Cine-Teatro Turim, em Benfica. Uma aposta clara na descentralização cultural e na aproximação a novos públicos, sem abdicar da experiência essencial da sala de cinema.

Entre as obras em destaque contam-se O Riso e a Faca, de Pedro Pinho (apresentado em Cannes), As Estações, de Maureen Fazendeiro (Locarno), Primeira Pessoa do Plural, de Sandro Aguilar (Roterdão), Duas Vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques (Berlim), Bulakna, de Leonor Noivo (FIDMarseille) e Entroncamento, de Pedro Cabeleira (ACID Cannes).

Três secções competitivas e novos olhares

O festival mantém as suas três secções competitivas:

Selecção Caminhos, dedicada à cinematografia profissional;

Selecção Ensaios, que valoriza as criações de estudantes do ensino secundário e superior;

Outros Olhares, reservada a obras que exploram novas linguagens e abordagens experimentais.

Nesta última, destacam-se títulos como Ouro e Cinza, de Salomé Lamas, Memórias do Teatro da Cornucópia, de Solveig Nordlund, Fuck the Polis, de Rita Azevedo Gomes, e As Meninas Exemplares, de João Botelho.

A secção Filmes do Mundo reforça a dimensão internacional do festival, reunindo produções com co-produção portuguesa e obras de cineastas que cruzam geografias e imaginários, reflectindo a crescente presença do cinema português em circuitos internacionais.

Formação, reflexão e exposição inédita

A programação inclui masterclasses, mesas-redondas e debates que promovem o diálogo entre criadores e público. Entre os temas em destaque estão a montagem, a comunicação no cinema e as representações de intimidade na performance audiovisual.

Destaque ainda para a exposição «Nem Musa, Nem Sombra», idealizada por Tathiani Sacilotto, dedicada ao trabalho das mulheres no cinema português, uma homenagem a quem, em diferentes funções, tem contribuído para a construção da cinematografia nacional.

Os júris das diferentes secções reúnem nomes reconhecidos do panorama cinematográfico nacional e internacional, incluindo Jorge António, Rita Barbosa, Tiago Bartolomeu Costa e o painel internacional da FIPRESCI, que este ano celebra o seu centenário.

A cerimónia de encerramento e entrega de prémios decorre no dia 22 de Novembro, às 20h00, no Convento São Francisco, em Coimbra, com a actuação de CRUA, projecto que revisita o repertório tradicional ibérico.

Os bilhetes individuais têm preços entre dois e seis euros, com descontos para estudantes, sócios e grupos. O passe geral está disponível por 25 euros até 8 de Novembro (50 euros após essa data).