China aposta em novos motores de desenvolvimento para impulsionar o crescimento económico global

A 4.ª Sessão Plenária do 20.º Comité Central do Partido Comunista da China (PCCh) despertou grande atenção internacional ao definir as orientações estratégicas para o próximo período de desenvolvimento nacional. Entre as prioridades aprovadas nas Propostas do Comité Central do PCCh para a Formulação do 15.º Plano de Cinco Anos de Desenvolvimento Económico e Social Nacional destaca-se o objetivo de “acelerar os esforços de autossuficiência e fortalecimento de alto nível em ciência e tecnologia”, bem como de “orientar e desenvolver novas forças produtivas de qualidade”.

Estas novas forças produtivas — que combinam inovação científica, modernização industrial e transformação verde — deverão impulsionar o desenvolvimento de alta qualidade da economia chinesa e criar novas oportunidades de cooperação e crescimento à escala mundial.

Com mais de 1,4 mil milhões de habitantes e cerca de 400 milhões de pessoas de rendimento médio, a China representa um dos maiores mercados do planeta. Nos próximos cinco anos, o país pretende aproveitar as tecnologias digitais para modernizar as indústrias tradicionais, expandir setores emergentes ligados à inteligência artificial e à tecnologia da informação avançada, e investir em áreas de futuro, como a biotecnologia e a tecnologia quântica. Esta estratégia deverá transformar o mercado chinês num verdadeiro laboratório global de inovação e aplicação tecnológica.

Enquanto elo essencial das cadeias de valor e de fornecimento globais, a China prevê que o desenvolvimento das novas forças produtivas traga oportunidades acrescidas de cooperação industrial e acelere a transição digital, inteligente e ecológica a nível internacional. Um exemplo é a empresa automóvel chinesa BYD, cujos veículos de energia limpa já circulam em 116 países e regiões. A sua nova fábrica no Brasil deverá gerar mais de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a modernização industrial local.

O reforço destas novas forças produtivas não beneficiará apenas a economia chinesa, mas também o crescimento económico mundial, ao estimular a integração industrial e tecnológica e ao fomentar avanços na área digital. Nos últimos cinco anos, a China manteve uma contribuição anual de cerca de 30% para o crescimento económico global, destacando-se como uma das principais impulsionadoras da inovação tecnológica em setores como a energia renovável e a inteligência artificial.

Do atual Plano de Cinco Anos até às metas de longo prazo para 2035, a China reafirma a sua determinação em promover uma modernização sustentada e orientada para a inovação, consolidando o papel das suas novas forças produtivas como motores do desenvolvimento global.

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