Comissão Europeia reforça estratégia de preparação para crises com novas recomendações

A Comissão Europeia apelou hoje à preparação dos cidadãos para situações de emergência, recomendando a constituição de reservas domésticas essenciais, como água e alimentos enlatados, suficientes para pelo menos três dias (72 horas). Esta medida visa garantir que as pessoas possam enfrentar crises inesperadas, sejam de origem natural, como incêndios ou inundações, ou provocadas por factores humanos, como acidentes ou conflitos.

No âmbito de uma estratégia mais ampla de preparação para emergências, Bruxelas revelou que, apesar dos esforços já em curso, só em Julho, quando for debatido o próximo orçamento plurianual da União Europeia, será apresentada uma estimativa financeira para a implementação desta medida.

Além de orientar os cidadãos sobre os produtos a armazenar, a Comissão pretende introduzir a preparação para emergências nos currículos escolares e criar um Dia Europeu da Preparação. A principal mensagem da Comissão é a importância da antecipação e da prevenção, como forma de mitigar os impactos de crises futuras.

Para além das orientações para os cidadãos, a UE está a desenvolver critérios mínimos de preparação para os serviços essenciais, como hospitais, escolas, transportes e telecomunicações. A Comissão também pretende melhorar a constituição de reservas de equipamentos críticos, como materiais médicos, produtos agro-alimentares e recursos naturais essenciais, incluindo a água. A adaptação às alterações climáticas e a garantia de acesso a recursos essenciais são igualmente pontos focais desta estratégia.

A nível institucional, Bruxelas anunciou a intenção de reforçar a cooperação civil e militar, com a realização regular de exercícios de preparação a nível europeu, envolvendo as forças armadas, protecção civil, polícia, segurança, profissionais de saúde e bombeiros.