A Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai analisar e deliberar, na reunião da próxima segunda-feira, dia 10 de Março, uma proposta de adesão à 1Bilhete.pt, uma plataforma nacional que permite a integração dos sistemas de bilhética dos transportes públicos, facilitando o carregamento, validação e fiscalização de bilhetes de diferentes operadores.
O contrato, a celebrar com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), estabelece os termos da participação da autarquia, enquanto Autoridade de Transportes, e vai integrar os operadores sob jurisdição municipal na 1Bilhete.pt, permitindo a interoperabilidade dos sistemas de bilhética locais com os nacionais.
A 1Bilhete.pt é desenvolvida pelo IMT, em parceria com os Transportes Metropolitanos de Lisboa e os Transportes Intermodais do Porto. A plataforma promove a interoperabilidade entre regiões, permitindo o uso de um único cartão ou aplicação em vários serviços de transporte, suportando bilhética clássica (cartões sem contacto), bilhética móvel (smartphones com NFC) e bilhética aberta (pagamento com cartões bancários contactless). O objectivo é tornar o transporte público mais acessível, eficiente e digitalizado, simplificando a experiência dos utilizadores.
O contrato que será analisado estabelece a integração dos operadores sob jurisdição municipal na plataforma, garantindo a compatibilidade dos sistemas de bilhética locais com a infra-estrutura nacional. Para tal, a CM de Coimbra compromete-se, no caso da bilhética clássica, a integrar a API APEX nos sistemas regionais e a promover a certificação e actualização contínua da plataforma. Se for implementada a bilhética móvel, a autarquia seguirá a arquitectura da 1Bilhete.pt e integrará o SDK.pt. No caso da bilhética aberta, que permite pagamentos com cartões bancários contactless, será necessária a integração com um serviço de “token” universal, assegurando o “roaming” nacional de bilhetes combinados.
O acordo também estipula que o IMT apoiará tecnicamente a integração da API APEX e da bilhética móvel, certificará os desenvolvimentos e garantirá a actualização contínua dos sistemas. Além disso, o instituto promoverá a interoperabilidade nacional e co-financiará os custos de adesão do município.
Os serviços técnicos da autarquia consideram que esta adesão é “um passo fundamental para a promoção da mobilidade sustentável e da eficiência no sistema de transportes públicos da cidade de Coimbra”. A integração de diferentes meios de transporte na plataforma deverá ocorrer num prazo de seis meses após a assinatura do contrato. A CM de Coimbra poderá desvincular-se da adesão três anos após a sua entrada em vigor, desde que comunique essa intenção ao IMT ou à entidade por este indicada, com uma antecedência de seis meses.