Câmara de Coimbra investe mais de 213 mil euros em apoios sociais no último ano

A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) apresenta, na próxima segunda-feira, 10 de Março, o relatório anual do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), revelando que, a 31 de Dezembro de 2024, estavam activos 2.065 processos de Acção Social e 1.441 de Rendimento Social de Inserção (RSI). No mesmo período, foram atribuídos um total de 213.404,78 euros em apoios eventuais destinados a medicação, óculos, próteses dentárias e alojamento urgente.
Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2024, a equipa do SAAS efectuou um total de 16.259 atendimentos. No âmbito dos apoios de carácter eventual, a CMC atribuiu auxílio a 3.036 beneficiários, dos quais 2.848 em medicação, 166 em óculos, 43 em próteses dentárias e 3 em alojamento urgente. O montante total despendido para esses apoios foi de 213.404,78 euros, distribuídos da seguinte forma: 145.284,23 euros para medicação, 51.328,55 euros para óculos, 16.302 euros para próteses dentárias e 490 euros para alojamento urgente.
A colaboração com as Comissões Sociais de Freguesia, através do Fundo Municipal de Emergência Social (FMES), permitiu ainda a atribuição de outros apoios essenciais, nomeadamente para alimentação, pagamento de renda, água, electricidade, gás e cuidados de saúde.
No que concerne ao Serviço de Emergência Social (SES), registaram-se 732 atendimentos ao longo do ano, assegurados pelo Centro de Assistência Paroquial de Santa Cruz, mediante protocolo com a CMC. Entre as problemáticas identificadas destacam-se o isolamento social, a insuficiência de rendimentos, o desemprego, problemas de saúde mental, encargos elevados com medicação e dificuldades habitacionais, incluindo situações de sem-abrigo. Como resposta, foram realizados encaminhamentos para acolhimento institucional, apoio à medicação, apoio alimentar, prestações sociais e transporte. A Linha Nacional de Emergência Social (LNES), através do número 144, registou 77 situações sinalizadas em 2024.
Relativamente ao Rendimento Social de Inserção (RSI), que visa garantir recursos mínimos para os cidadãos e fomentar a sua inserção social e profissional, foram contratualizados 441 contratos iniciais, 1.087 renovações e registadas 839 cessações de prestação.
Para a vereadora com o pelouro da Acção Social, Ana Cortez Vaz, a descentralização de competências tem sido um sucesso, permitindo uma maior proximidade entre a autarquia e os munícipes e fortalecendo a rede de apoio social: “A descentralização no domínio da Acção Social contribuiu para uma maior articulação entre as unidades orgânicas da Câmara e os munícipes, bem como para um trabalho em rede mais eficaz com outras entidades, optimizando os recursos e potenciando a inclusão social das famílias vulneráveis”.