Comprar casa em Portugal ficou 5,6% mais caro no último ano

Os preços das casas em Portugal subiram 5,6% em comparação com o mesmo mês de 2024, de acordo com o índice de preços do idealista. No final de Fevereiro, o custo médio de aquisição de habitação atingiu 2.743 euros por metro quadrado (€/m2), com a tendência de valorização a afectar principalmente as capitais de distrito.

O mercado imobiliário português continua a mostrar uma tendência de aumento nos preços, com destaques para algumas regiões onde os valores dispararam significativamente. Beja, Setúbal e Vila Real lideraram as subidas de preços, registando aumentos de 21%, 16,9% e 16,6%, respectivamente. Santarém (15,5%), Évora (15,3%) e Bragança (13,1%) também se destacaram, reflectindo um padrão de valorização nas regiões do interior e algumas ilhas.

Em contraste, as cidades de Lisboa e Aveiro apresentaram variações marginais, com Lisboa a registar uma leve diminuição de 0,4%, mantendo-se, no entanto, como a cidade mais cara do país, com um custo de 5.515 €/m2. O Porto segue em segundo lugar, com um preço médio de 3.643 €/m2, enquanto o Funchal, na Madeira, ocupa o terceiro posto, com 3.528 €/m2.

A análise por regiões revela que o Alentejo foi a área com o maior aumento anual, com uma valorização de 11,8%. A Região Autónoma da Madeira seguiu de perto com 11,7%, enquanto o Algarve (7%) e o Centro (8,7%) registaram também aumentos significativos. Por outro lado, a Área Metropolitana de Lisboa viu um crescimento mais modesto de 5,6%.

No que diz respeito aos distritos, Lisboa continua a ser a região mais cara para adquirir uma casa, com um valor médio de 4.167 €/m2, seguida pelo Algarve (3.533 €/m2) e pela Região Autónoma da Madeira (3.260 €/m2). As regiões mais económicas para comprar habitação são a Guarda (721 €/m2), Portalegre (828 €/m2) e Castelo Branco (901 €/m2), com preços bem abaixo da média nacional.

Além disso, o aumento dos preços não se restringiu às grandes cidades, estendendo-se também às ilhas. A ilha de Porto Santo registou um aumento de 20,5%, seguida pela ilha de São Miguel (14,5%) e pela ilha Terceira (14,2%).