A Câmara de Coimbra quer posicionar o município como um centro de inovação tecnológica, a nível nacional e internacional, através da união dos seus principais activos em matéria de inovação.
O objectivo é tornar Coimbra uma cidade “onde a inovação não seja apenas um conceito abstrato”, mas sim “um vector de desenvolvimento sustentado, capaz de potenciar o crescimento económico, social e ambiental”, declarou o vice-presidente da autarquia, Francisco Veiga.
O responsável falava na apresentação da versão final da Estratégia Municipal de Inovação (EMI), um documento orientador desenvolvido pelo Centro de Inteligência de Coimbra do Departamento de Tecnologias de Informação e Inovação Digital da autarquia, com o apoio da Sociedade Portuguesa da Inovação (SPI).
“Este documento apresentado não é apenas um plano da Câmara Municipal, é o resultado de um compromisso colectivo, amplamente participado, colaborativo, que foi desenvolvido ao longo dos últimos meses e que envolveu os cidadãos, as empresas, a Universidade e as instituições locais”, destacou.
A chefe do Centro de Inteligência de Coimbra e gestora deste projecto, Rita Fernandes, salientou o esforço colaborativo entre a autarquia e diferentes setores da sociedade na iniciativa.
Após ouvir os cidadãos, analisar os desafios e identificar “oportunidade estratégicas para consolidar Coimbra como um território de excelência na valorização do conhecimento e da inovação”, foi traçada “uma visão clara” para o concelho, “que é ser uma referência nacional e internacional na inovação até 2030”.
“Com os contributos recolhidos ao longo do trabalho colaborativo e de cocriação com a comunidade e as entidades consultadas” foi delineado um plano de acção, com medidas prioritárias.
A consultora da Sociedade Portuguesa de Inovação, Susana Loureiro, informou que foram definidas 10 acções âncora, como a digitalização e a qualificação dos serviços municipais, trabalhar as arenas de inovação nas escolas e a candidatura de Coimbra à Capital Europeia da Inovação. Para a SPI, neste momento, estão reunidas as condições para se poder avançar, “a muito curto prazo”, para esta candidatura.
Acções no ‘marketing’ territorial e na comunicação externa, a reabilitação urbana e qualificação do ambiente urbano, a criação de um “‘Hub’ Criativo de Coimbra’”, o acolhimento empresarial e a atracção de investimento, assim como a via verde para o investimento, são outras das medidas propostas.
A execução destas acções, que incluem ainda o reforço da conectividade digital e a investigação e desenvolvimento no domínio da acção climática, por vezes, “deve envolver outras entidades”, além da autarquia, esclareceu.
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, referiu que este é um documento que estará “sempre aberto” e apto a receber inovações. É preciso afirmar Coimbra “pela inovação”, defendeu, alegando que o município é “pequeno e tendencialmente conservador”, apesar de possuir algumas das instituições “mais inovadoras do país”, como a Universidade, o Politécnico ou o Instituto Pedro Nunes.
A EMI será ainda apresentada em reunião da Câmara Municipal e disponibilizada para consulta pública durante 15 dias.