Infecções respiratórias graves revelam tendência decrescente

As infecções respiratórias graves desceram na semana de 27 de Janeiro a 2 de Fevereiro, tendo a mortalidade voltado aos níveis esperados para esta altura do ano. É isso que revela a mais recente análise do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), que destaca ainda a “tendência decrescente” das infecções respiratórias agudas graves.

 De acordo com o boletim do INSA sobre a vigilância epidemiológica dos vírus respiratórios, Portugal regista uma actividade gripal epidémica com “tendência estável”. No entanto, continua a verificar-se um aumento do número de casos de gripe do tipo A. Por outro lado, tem-se assistido a uma diminuição do número de internados por infecção por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças menores de 24 meses.

 Na semana de 27 de Janeiro a 2 de Fevereiro, “foram identificados 1.019 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 745 do tipo A e 274 do tipo B”, lê-se no documento. Desde o início da época viral, “foram reportados 66 casos de gripe pelas unidades de cuidados intensivos que colaboram na vigilância e, desse total de casos, 49 tinham doença crónica e 57 tinham recomendação para vacinação contra a gripe sazonal, mas apenas 13 estavam vacinados”.

 Mortalidade “de acordo com o esperado”

O relatório do instituto sublinha também que, na última semana, os internamentos em cuidados intensivos diminuíram 3,4%. Em termos de impacto, o INSA salienta que se registou uma “mortalidade por todas as causas de acordo com o esperado”, depois de, na semana anterior, ter estado “acima daquilo que é esperado para a época”. Isto porque, durante o mês de Janeiro, houve um “excesso de mortalidade”, tendo morrido 1.209 pessoas (12%), além do esperado entre 30 de Dezembro e 26 de Janeiro.

 O Programa Nacional de Vigilância tem início no princípio de Outubro, e termina em Maio do ano seguinte. Como medida preventiva, as autoridades recomendam a vacinação sazonal, que arrancou a 20 de Setembro, e já permitiu vacinar mais de 2,3 milhões de pessoas contra a gripe e mais de 1,5 milhões com a dose de reforço contra a Covid-19.