O Grande Auditório do Convento São Francisco, em Coimbra, será palco do espectáculo comemorativo “100 Paredes”, uma homenagem ao centenário do nascimento de Carlos Paredes. Agendado para o dia 15 de Fevereiro de 2025, o evento, integrado nas celebrações oficiais, promete uma celebração única da vida e obra do mestre da guitarra portuguesa.
Sob a direcção artística e musical de André Varandas e Bruno Costa, o espectáculo contará com a liderança do maestro Artur Pinho Maria, responsável pela direcção do coro e da orquestra. Os arranjos exclusivos ficam a cargo do compositor brasileiro Rodrigo Morte. A produção será uma fusão de diferentes linguagens artísticas, onde a música, o teatro, a dança e outras expressões performativas se entrelaçarão, destacando o legado de Carlos Paredes.
Com a participação de cerca de 300 artistas e colectivos locais, o concerto contará com uma orquestra e coro comunitário, além de apresentações de grupos de teatro e dança. Este evento multidisciplinar visa envolver as comunidades locais e criar novos públicos, promovendo a inclusão através da arte.
“100 Paredes” é uma iniciativa conjunta entre o Município de Coimbra e a Universidade de Coimbra, e faz parte de um vasto programa comemorativo, com mais de 80 eventos, que se estenderão a vários países ao longo de 2025. Além de concertos, o ciclo incluirá exposições, documentários e palestras, todos dedicados a celebrar a obra e o impacto internacional de Carlos Paredes.
A produção tem também uma vertente solidária: no dia 30 de Abril, será realizado um jantar-concerto cujas receitas reverterão para a Associação Portuguesa de Doenças Neuromusculares, em homenagem à luta de Carlos Paredes contra a mielopatia, doença degenerativa que o impediu de continuar a tocar a guitarra.
Com a sua cidade natal no coração deste projecto, Coimbra reafirma o seu papel como centro da cultura e da memória do mestre Carlos Paredes, cujo trabalho transcendeu fronteiras, influenciando gerações de músicos e artistas. O “100 Paredes” promete ser um marco na celebração do legado do “Mestre dos Mestres” da guitarra portuguesa.