A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou, no ano passado, 3.621 infracções por falta ou uso indevido dos sistemas de retenção. A informação foi, ontem (20), avançada pelas autoridades, que dão conta de que este número é resultado das mais de 66 operações diárias realizadas em 2024, nas quais foram fiscalizados mais de 679 mil condutores.
Das 199.149 contraordenações verificadas ao longo do ano, 2.677 estavam relacionadas com a falta de cinto de segurança e 944 “por não utilização ou utilização indevida dos sistemas de retenção”, nomeadamente, das cadeirinhas, totalizando 3.621 infracções. De acordo com a PSP, a falta do cinto de segurança pode reflectir-se no aumento do número de feridos e de vítimas mortais em acidentes de viação.
Além disso, “o uso da cadeirinha, para além de obrigatório, é essencial para prevenir consequências gravosas na sequência de acidentes de viação. A utilização correcta de cadeirinha homologada e adaptada ao tamanho e peso da criança pode reduzir em mais de 60% o risco de lesões (ou ferimentos) graves”, sublinha a entidade policial, reforçando que, no caso de menores até aos 4 anos, esta pode reduzir até 90% o risco de lesões graves ou morte.
No âmbito da prevenção rodoviária, a PSP tem vindo a desenvolver diversas acções de sensibilização nas escolas. Desta forma, o Programa Escola Segura visa “contribuir para uma maior consciencialização dos mais jovens para os perigos associados aos comportamentos de risco ou práticas criminais nas estradas, quer enquanto condutores e na qualidade de ocupantes das viaturas”.
Ao todo, desde 2019, a iniciativa já chegou a mais de 258 mil participantes, tendo realizado mais de 12 mil acções de sensibilização.