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Preocupados com aumentos de tarifas americanos estão a armazenar produtos

16 de Janeiro 2025 Jornal Campeão: Preocupados com aumentos de tarifas americanos estão a armazenar produtos

Em março de 2018, o então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas pesadas sobre as importações da China, dando início a um conflito comercial entre os dois países. Desde 2021, o governo Biden adotou a mesma política contra a China e em novembro do ano passado, Trump declarou, mais uma vez, que assinaria uma ordem executiva para impor uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses no primeiro dia de seu segundo mandato.

Recentemente, a CNN fez uma reportagem sobre Herschel Wilson, um cidadão de Tacoma, Washington, que começou a armazenar produtos desde a vitória de Trump nas eleições do ano passado. Até agora, ele já armazenou 300 dólares (291 euros) em artigos, e no futuro, pretende armazenar mensalmente produtos no valor de mais de 100 dólares (97 euros), com medo de pagar mais se for concretizado o aumento das tarifas.

No entanto, Herschel Wilson não é um o único norte-americano que está a proceder desta forma. Um inquérito realizado em dezembro do ano passado com dois mil entrevistados, mostrou que um terço deles passaram a comprar mais com receio de um futuro aumento de tarifas.

Tal preocupação não é infundada. Segundo o levantamento feito pela Universidade de Chicago, 98% dos economistas participantes referem que a pressão tarifária acaba por ser transmitida aos consumidores norte-americanos. De acordo com as estimativas da Moody’s, a população norte-americana arca com 92% do custo das tarifas sobre a China, resultando numa despesa adicional de 1.300 dólares (1.262 euros) por ano para as famílias do país

A presidente da Câmara do Comércio da Alemanha nos EUA (AmCham Germany on U.S.), Simone Menne, esclareceu que quando um país tenta proteger o seu comércio com tarifas, isso pode levar a preços mais altos e dificuldades na troca de mercadorias. Tais restrições artificiais podem levar à estagnação do crescimento económico.

A este ptopósito, analistas questionam:
“Como conciliar as trocas comerciais entre a China e os EUA, as duas maiores economias do planeta?”.

E respondem:

“Já foi comprovado inúmeras vezes que os sucessos da China e dos Estados Unidos representam oportunidades para ambas as partes, e não desafios. A Terra é suficientemente grande para que os dois países se desenvolvam e prosperem juntos. Não há vencedores em guerras tarifárias ou comerciais.

Esperamos que o novo governo dos EUA reflita, tome decisões prudentes, trabalhe com a China na mesma direção e retorne ao caminho correto de ganhos compartilhados para benefício de ambos e de todo o mundo”.

Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China