A paróquia da Figueira da Foz assinalou o dia de São Julião (9 de Janeiro), tendo-se realizado uma celebração religiosa em honra do padroeiro, na Igreja Matriz, presidida pelo bispo de Coimbra.
D. Virgílio Antunes foi coadjuvado pelo padre Orlando Martins e a celebração solenizada pelo Coral David de Sousa, contando com a presença do presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, ladeado pelo presidente da Assembleia Municipal, José Duarte, e a presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, Rosa Batista, entre outros autarcas.
Referência também para a benção de um novo altar de cerimónias, oferecido por uma familia das relações de amizade do padre Orlando Martins.
O programa prossegue no próximo domingo, dia 12, pelas 15h30, na Igreja Matriz, com um concerto de Reis (tributo ao padroeiro São Julião), com a colaboração da Filarmónica Figueirense.
Estas cerimónias já tiveram outra pompa, mas depois da junção das freguesias de Buarcos e de S. Julião praticamente só a Paróquia evocava a efeméride do seu padroeiro, um mártir do séc. IV que, como diz o padre Orlando Martins, “foi sempre um homem livre e firme até ao fim”. Desde 2022, o Executivo liderado por Rosa Batista voltou a assinalar a data e este ano fez o mesmo.
As festividades em honra deste Santo só se começaram a assinalar no final do século passado, mas que nunca atingiram, na maioria dos casos, grande expressão popular, embora São Julião mereça alguma excepção, porque é festejado numa época de Inverno, uma estação fria que não é muito dada a festas de rua. Mas pelo exemplo que deixou ao mundo merecia melhor atenção: “Filho de uma família cristã, Julião casou com a jovem Basilissa aos 18 anos, a pedido da família. Ambos manifestaram o desejo de servir unicamente a Deus e fizeram o pacto de manter a castidade e ajudar os necessitados. Com a morte dos pais, o casal fez da casa um hospício com capacidade para mil pobres. Julião encarregou-se da ala masculina e Basilissa da feminina.
Julião foi denunciado às autoridades por albergar cristãos e como se recusou a abandonar a fé em Cristo e a adorar os ídolos pagãos foi torturado por um longo período até morrer. Basilissa terá conseguido ainda ajudar os pobres e leprosos até falecer, a 18 de Novembro de 304.
Julião e Basilissa são lembrados pela Igreja Católica a 6 de Janeiro, segundo o último ajuste oficial no Martirológio Romano. Em locais como a Figueira da Foz, São Julião é celebrado ainda a 9 de Janeiro. Além da Figueira existem mais 35 freguesias em Portugal cujo orago é S. Julião, mas não se trata sempre da mesma entidade, visto existirem diferentes santos com o nome de Julião.